A FESTA BRAVA NA TERCEIRA
(Breve história da sua origem)
Tourada na Ladeira de São Bento Angra do Heroísmo |
Desde os primórdios do descobrimento das Ilhas açorianas, aquando da descoberta da terceira ilha, densa em florestação como as demais, foi largado gado vacum como outras tantas espécies domésticas, que se tornaram selvagens e típicas desta região, causadas pelas condições climatéricas e demográficas das nossas ilhas. Com o cruzamento de diversas raças de gado vacum em regime de total liberdade, a quando do povoamento desta ilha, as gentes oriundas do centro /sul do país, encontraram uma espécie pequena em dimensão e bravia devido ao seu estado selvagem. Imaginando a época vivida, século quinze, depressa se tira a conclusão de como os povoadores capturavam e matavam as reses para a sua alimentação.
Tourada no Largo de São Bento Angra do Heroísmo |
Os antigos diziam que a carne de um animal cansado era mais tenra e suculenta do que a de um animal descansado, ainda no tempo do meu avô se tomava como certa esta sentença, sendo assim e depois de serem laçados e capturados, era nos adros das Igrejas que se corriam e cansavam os animais bravios de então, para depois se proceder à sua matança. Esta tradição não era só típica da Ilha de Jesus Cristo, era praticada um pouco por todas as restantes ilhas que compõe o arquipélago açoriano, esta manifestação foi proibida pelo Bispo de Angra nas “Constituições Sinodais do Bispo de Angra” de 1559 onde se proibia de correr toiros nos adros das igrejas.
Tourada no Pico da Urze Angra do Heroísmo |
O culto do Divino Espírito Santo propagou-se por todo o arquipélago devido à fé inabalável dos açorianos na Terceira Pessoa da Santíssima Trindade face às atrocidades do tempo, da vida e da terra. No caso da Ilha Terceira foi-se associando o religioso e o profano advindo daí ao que hoje se assiste nas festas profano religiosas um pouco por toda a Ilha. A tourada à corda evoluiu com o passar dos tempos, mas nem sempre a tourada à corda foi o que hoje se vê e se assiste nas estradas da Ilha Terceira, alguns escritores da época relataram algumas atrocidades cometidas pelos homens de então com os seus bordões de aguilhões montados. Como tudo na vida a evolução do homem e da cultura fizeram com que o espectáculo chegasse até aos dias de hoje e se tornasse no ícone da tauromaquia insular.
Tourada no Largo do Posto Santo Angra do Heroísmo |
Praça de Toiros de São João Angra do Heroísmo |
Praças de toiros houve várias, a da Canada do Barreiro, a do
Espírito Santo na Miragaia, a de São João, onde hoje se situa o Centro Cultural
de Angra, chegando até hoje e já com vinte e cinco anos de existência a
Monumental Praça de Toiros Ilha Terceira.
Enfim a festa brava e os terceirenses juntos desde os primórdios da existência humana nestas ilhas atlânticas.
Fonte: Duarte Bettencourt in "Terceira Taurina"
Tourada no Largo de São João de Deus Angra do Heroísmo |
Praça de Toiros do Espírito Santo Angra do Heroísmo |
Praça de Toiros de São João Angra do Heroísmo |
PRAÇA DE TOIROS
DA ILHA TERCEIRA
Inaugurada em 1986 |
MONUMENTO AO TOIRO
Sobrescrito de 1º. dia comemorativo da inauguração do Monumento ao Toiro e do 45º. aniversário da Tertúlia Tauromáquica Terceirense |
Selo Personalizado |
Bilhete Postal de Boas Festas Casa Agrícola José Albino Fernandes |
Sobrescrito comemorativo da 1ª. Corrida, no Campo Pequeno, de uma ganadaria açoriana (Rego Botelho) |
Selo Personalizado |
Bilhete Postal comemorativo da lide no Campo Pequeno |
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