Alexandre Borges nasceu em Angra do Heroísmo e vive em Lisboa.
É escritor e argumentista, licenciado em Filosofia e formador de Argumento.
Escreveu para a televisão os documentários A Arte no Tempo da Sida, Um Homem Chamado Francisco Sá Carneiro, Ammaia – Em Busca do Tempo Perdido, as séries documentais Grandes Livros, Santos de Portugal, Voluntário e Nós Republicanos, entre outros, e integrou as equipas responsáveis por Zapping, Prós & Contras, Equador, CQC – Caia Quem Caia, Música Maestro ou 5 para a Meia-Noite.
Colaborou com o Rádio Clube Português, O Inimigo Público e a revista Atlântico. Foi director do Cénico de Direito, encenador dos ACR Hipócritas, editor de cultura de A Capital e crítico de cinema do jornal i.
RESUMOS SOBRE OS SEUS LIVROS
Fiéis de outras religiões ou ateus, os Portugueses permanecem, em boa parte, filhos do Cristianismo. Portugal nasceu no contexto da Reconquista Cristã, com a ajuda de cruzados e templários. Teve por primeira bandeira uma cruz e por rei-fundador um homem que, por pouco, não foi considerado santo. No entanto, a história do Cristianismo no nosso país começa muito antes de Portugal e vai muito para lá da nação. Recua à Antiguidade e chega aos confins do mundo. Começa como desafio ao Império Romano e acaba seguida e perseguida na Índia ou no Japão.
O Cristianismo contribuiu, como muito poucos factores, para fazer Portugal; os Portugueses contribuíram, como muito poucos povos, para espalhar a fé cristã. Aqui estão dezasseis histórias extraordinárias de homens e mulheres que foram considerados santos e de acontecimentos que foram entendidos como milagres.
Une-as terem acontecido em Portugal, ou no território que um dia seria Portugal, ou serem protagonizadas por portugueses. Não importa como aconteceram; importa como as pessoas acreditaram terem acontecido e como isso influenciou e determinou o devir. Este não é, portanto, bem um livro sobre santos e milagres. É um livro sobre o país que lhes rezou.
Todos conhecemos os pontos nevrálgicos da História de Portugal, um dos mais antigos estados-nação do mundo, casa paterna de um dos idiomas mais falados no planeta e paciente assaltado por recorrentes crises de auto-estima. Mas saberemos das zonas cinzentas? Das pequenas histórias? Dos episódios passados na sombra dos acontecimentos ditos históricos?
Ao longo de 15 histórias que encerram muitas outras dentro si, contamos a pequena História de Portugal, a versão menos conhecida dos factos, tal como foi vivida pelos reis portugueses, não esquecendo alguns daqueles que, tendo nascido em Portugal, reinaram longe do solo pátrio, ou outros que, não sendo formalmente reconhecidos como tal, foram para o povo, em determinadas circunstâncias e lugares, verdadeiramente reis.
Da ante-câmara espiritual e cultural do reino fundado por Afonso Henriques aos ecos que ainda ressoam nos nossos dias. Da intimidade torturada de soberanos confrontados com o destino às grandes vitórias nacionais. Este é um lado B possível da nossa História. E a História não é o que aconteceu. É a razão de estarmos aqui e agora, da forma como aqui e agora estamos.
Todos temos presente que Portugal tem uma História de grandes feitos, desproporcional à dimensão do país. Todos nos orgulhamos do sucesso que muitos Portugueses alcançam hoje pelo mundo. Mas talvez pensemos que essa grande História colectiva terminou num passado cada vez mais distante. E olhemos essas vitórias do presente como proezas individuais, que constituem a excepção à regra de um papel secundário a que o país se tem de conformar pelas condições geográficas e económicas de que dispõe.
A verdade, porém, é que, ao longo de 900 anos de vida, Portugal nunca deixou de vencer. E alcançou as vitórias mais impressionantes precisamente quando as condições lhe eram mais adversas. Estas são dez histórias extraordinárias de Portugal. Dez grandes vitórias alcançadas em inferioridade numérica, militar, desportiva ou económica. Dez episódios protagonizados por Portugueses de diferentes tempos, em diferentes lugares, movidos por diferentes razões, com o mesmo resultado: o triunfo. Contra todas as apostas.
Este livro inclui dez histórias de amor portuguesas. Algumas mais distantes no tempo e, por isso, sendo baseadas em dados históricos, podem envolver-se numa atmosfera de lenda.
No entanto, a maioria destas histórias são romances vividos no século XX e alguns permanecem até hoje. Seja pelas peripécias que envolvem várias destas paixões, seja pela relevância pública dos seus intervenientes, estas são algumas das grandes histórias de amor portuguesas.
«Não podia estar em maior desacordo com aquele seu texto intitulado “Crise”, em que dizia que o mundo dos criativos estava em decadência porque, depois de Deus, nunca mais tinha aparecido outra ideia tão boa.
Na verdade, muito depois, ainda inventaram o amor e a cerveja sem álcool.»
Enquanto tenta perceber como ali chegou, reconstitui os últimos dias da sua vida, recordando a descoberta de três mulheres viúvas de um só homem, numa cidade cheia de fantasmas e gritos de alerta.
Todas as Viúvas de Lisboa é um romance sobre o acaso, a identidade, e o confronto com a certeza da morte.
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