D. Miguel (1828-1834)
A moeda «Pataco» de 1828 foi cunhada durante o conturbado reinado de D. Miguel. O monarca assumiu o trono após um período de instabilidade política, marcado pela Revolução Liberal (1820). O Pataco, uma unidade de valor que já circulava em Portugal desde o século XVI, era uma moeda de prata que teve diversas emissões a partir de então. O «Pataco» de 1828 apresenta a figura do monarca D. Miguel no anverso, evidenciando a sua autoridade. Já no reverso, destaca-se a legenda que contorna a moeda e onde se inserem os florões. A cunhagem deste tipo de elementos — florões — reflete a tentativa de valorizar a moeda, destacando a força e a continuidade da Casa Real. Existem outras moedas onde é visível este tipo de marca, como é o caso da moeda «Conceição» de D. João IV.
D. Maria II (1826-1828, 1834-1853)
Em 1834, o governo português determinou a aplicação do carimbo do escudo coroado nas moedas de 8 reales, com o intuito de valorizá-las e garantir um valor de circulação de 870 réis. Este carimbo foi uma medida crucial na tentativa de estabilizar a economia num período de desafios financeiros e sociais, enquanto reforçava a confiança nas moedas circulantes. Neste ano, e após a guerra civil, os liberais tinham conquistado o poder em Portugal.
As moedas de 8 reales eram originárias do Império Espanhol. O «duro» — como eram conhecidas — eram moedas em prata com o valor de 8 reales ou 20 bolhões. Além da importante marca do escudo coroado, foi também cunhada a letra "M" com um anelete, que simbolizava a origem da casa da moeda; neste caso, a do México.
Uns anos antes, o «duro» também circulou no Brasil, onde foi carimbada para circular com um valor de 960 réis.
D. Pedro V (1853-1861) O busto de D. Pedro V, rei de «Portugal e Algarves», foi cunhado na moeda «200 réis». À época, deu-se especial atenção ao detalhe do perfil do jovem monarca. Este detalhe tinha como objetivo reforçar o reconhecimento e a lealdade do povo ao rei. Apesar de não ser um elemento exclusivo desta moeda, nem deste período histórico, sabe-se que elementos como este transmitiam força e respeito ao rei.
Acresce que tecnicamente e nesta altura, já era possível cunhar moedas com grande qualidade, sobretudo ao nível do acabamento. Esta precisão, além da utilização da prata, aumentava a durabilidade da moeda. Hoje a moeda conserva-se bem, apesar de apresentar alguma oxidação.
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