COISAS DO TRANSATLANTISMO
I
Ainda
sob a impressão de ideias colhidas no colóquio que, entre 7 e 8 deste mês, a
Universidade promoveu em Ponta Delgada sobre «Regionalismo e Organização
Política – a Europa, os Estados Unidos e a Relação Transatlântica» – recordo,
entre o muito ali falado, coisas sobre a localização atlântica deste nosso
arquipélago, tão apetecido de quem tenha visão estratégica, vontade
correspondente – e meios para o que quer. É o caso dos norte-americanos
enquanto houver petróleo e tensões no Médio Oriente. A União Europeia só
recentemente mostra ter começado a olhar os amplos espaços marítimos à roda do
arquipélago, não para projectar um poder militar que não tem nem parece
ambicionar, mas na de algum proveito económico e científico. O que, sim, tem
havido é fruição por frotas pesqueiras de países da União, com relevo para a
Espanha, de parte dos espaços marítimos que, à volta dos Açores, correspondem a
tanto como metade da zona económica exclusiva portuguesa. Das potências
emergentes, de que o Brasil é a única atlântica, está ainda por saber o que
nelas disto se pensa. Mas de outras não atlânticas já o interesse se
manifestou. Portugal que, com estratégia e determinação, fizera entrar os
Açores na História, esse há muito se limita a facultar-lhes os préstimos a
terceiros contra compensações diplomáticas e/ou financeiras a partir de uma
débil capacidade negocial. O facto é os Açores estarem mesmo entre mundos – a
Europa, as duas Américas, a África, até a recentemente chamada Macaronésia…
E perante eles, esta localização oceânica, porventura a sua maior riqueza – enquanto não for (porque, de facto, ainda não é) os próprios habitantes do arquipélago – permanece instrumental para quantos dela vêm tirando algum proveito – até clandestino, uma vez por outra...
Foi, aliás, com estes dados jogados em tempo certo perante um poder nacional em plena crise, que se ganhou a presente autonomia regional, essencialmente política e, pela primeira vez, financeiramente garantida.
E perante eles, esta localização oceânica, porventura a sua maior riqueza – enquanto não for (porque, de facto, ainda não é) os próprios habitantes do arquipélago – permanece instrumental para quantos dela vêm tirando algum proveito – até clandestino, uma vez por outra...
Foi, aliás, com estes dados jogados em tempo certo perante um poder nacional em plena crise, que se ganhou a presente autonomia regional, essencialmente política e, pela primeira vez, financeiramente garantida.
Aproveitamentos, digamos que oficiais, desta atlanticidade, são razoavelmente conhecidos e comentados, por vezes até com ansiedade – tal o medo de acabarem...
Os clandestinos, menos. Gostaria de lembrar aqui um destes, a propósito do qual se construiu até um mito patrioteiro que, já agora, conviria desfazer de vez. Mas terá de ser em semanas próximas, pois uma só não chega. É sobre episódios conexos com a guerra da Secessão norte-americana, aqui ocorridos e depois divulgados misturando verdades com inverdades à volta de dois navios, um do Norte, outro do Sul. E é uma boa história…
II
Sucede
porém que o «Alabama» só passou pela Terceira em Agosto de 1862 – quando
Manuel Azevedo Gomes, nascido em Santo Amaro do Pico em 19 de Outubro de 1847 e
depois distinto oficial da Marinha portuguesa, nem completara 15 anos de
idade...
Assim, o que terá ocorrido sendo ele guarda-marinha nada teria a ver com a neutralidade portuguesa na guerra da Secessão (que foi de1861 a 1865!) nem com o «Alabama» – de que,
aliás, a «Kearsarge» nunca fugiu, antes procurou durante quase 2 anos até o
encontrar, combater e afundar ao largo do porto francês de Cherburgo em 19 de
Junho de 1864.
Assim, o que terá ocorrido sendo ele guarda-marinha nada teria a ver com a neutralidade portuguesa na guerra da Secessão (que foi de
O
que, aí sim, a presença destes navios nos Açores mostra é o tal aproveitamento clandestino
da situação geográfica do arquipélago. Como irá ver-se.
III
Foi
quando, aí pelos meus 13 anos, li «Os violadores do bloqueio», 1ª parte do
romance de Júlio Verne «Norte contra Sul», que fiquei a saber da guerra da
Secessão norte-americana e do jogo duplo dos ingleses, nela declarados neutrais
sem deixarem de puxar para o lado da Confederação – a qual, pelo simples facto
de existir, diminuía e enfraquecia esses Estados Unidos a cuja independência ainda
não se haviam resignado; isto além continuar a produzir-se lá algodão que lhes
abastecia as fábricas têxteis…
Entretanto, com os navios de guerra federais bloqueando-lhe os portos para a estrangular economicamente, a Confederação lançou-se também na guerra do mar. E para isso usou, nomeadamente, navios corsários (merchant raiders) no intuito de causar o maior dano possível na frota mercante da União. O primeiro que armou ad hoc para este efeito recebeu o nome de «Sumter», porventura em memória do episódio que desencadeara a guerra da Secessão, a conquista do Fort Sumter pelos confederados. Sob o comando de Raphael Semmes, a curta carreira deste «Sumter como raider levá-lo-ia, em apenas 6 meses, a capturar 18 navios desde o Golfo do México, das Antilhas e da costa brasileira até Gibraltar, onde comandante e tripulação o abandonaram depois de ele ali ser encurralado pelos navios da União «Tuscarora» e «Kearsearge». E a sua fama – só ela… – chegou aos Açores, com eco nos «Anais da família Dabney»[2] numa altura em que a viagem lhe findara já. É que os Dabney tinham mesmo de estar atentos… Notícias enviadas ao secretário de estado William Henry Seward pelo cônsul Charles William Dabney davam conta, desde Fevereiro de 1862, de diligências para abastecer de carvão nos Açores navios da Confederação ou ao serviço dela, com mediação de Thomas Dart[3], súbdito inglês residente na Horta – e, em Outubro, do que se ia sabendo no Faial das primeiras acções do «Alabama» quando, após deixar a Terceira, começou a interceptar e destruir navios com a bandeira dos Estados Unidos ao largo das Flores.
Em Agosto desse ano o cônsul transmitia ao secretário de estado o que,
em sucessivos relatórios[4], lhe
chegava do meu trisavô, José Inácio de Almeida Monjardino – agente consular dos
Estados Unidos em Angra por indicação do seu cunhado George Philips Dart, irmão
de Thomas e que renunciara ao cargo – sobre a suspeitíssima permanência nos
portos da Terceira de um tal navio «Barcelona» (afinal, nada menos que o
próprio «Alabama», ainda sem lhe usar o nome): informações basicamente
correspondentes ao que sobre este mesmo assunto se conhece da documentação
portuguesa de então.
IV
Em 1959, Cândido Pamplona Forjaz publicou, no
Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, um artigo onde, a propósito de
certo quadro mostrando um navio a passar entre os ilhéus das Cabras, se refere
a estadia do «Alabama» nesta ilha[5].
Divulga-se aí o ofício de 26 de Agosto de 1862 enviado ao ministério do reino
pelo governador civil de Angra do Heroísmo, Jácome de Bruges, sobre
acontecimentos havidos a partir de 10 desse mês com três navios de bandeira
inglesa nos portos da Terceira – Praia, Fanal e Angra – onde, à revelia das
autoridades locais, um deles, o vapor «Barcelona», recebia carga dos outros dois,
a barca «Agripina» e o vapor «Bahama». Anteriores ofícios do governador para o
intendente de marinha (não havia capitão do porto), o director da Alfândega, o
comandante da divisão militar e o vice-cônsul britânico, mostram embaraço,
inquietação e impotência perante tais factos, tudo bem evidenciado no pedido, a
este último, de intervir para que aquele «irregular procedimento não traga
desconsideração às auctoridades portuguezas» (sic).
Dois semanários locais, «A Terceira» e o «Lidador», ambos de Angra, já a 23 de Agosto aludiam com indignação à presença nos portos da ilha de tais navios, um deles embarcando armas e munições de guerra, num «procedimento singular e revoltante». Acabados nesse mesmo dia 23 os transbordos para o «Barcelona», incluindo ainda carvão e mantimentos, o seu comandante veio finalmente a terra e, na companhia de John Read, o vice-cônsul, foi apresentar desculpas ao governador, como ele também registou no seu ofício para o ministério. Desculpas esfarrapadas (ignorância de regulamentos, etc.) mas aceites – se não com convicção, decerto com alívio. E assim se foram, supostamente «rumando à América» (como suspeitavam «A Terceira», o «Lidador» e não só…) aqueles «navios ingleses» que, com vice-cônsul e tudo, como tais sempre se apresentaram.
Dois semanários locais, «A Terceira» e o «Lidador», ambos de Angra, já a 23 de Agosto aludiam com indignação à presença nos portos da ilha de tais navios, um deles embarcando armas e munições de guerra, num «procedimento singular e revoltante». Acabados nesse mesmo dia 23 os transbordos para o «Barcelona», incluindo ainda carvão e mantimentos, o seu comandante veio finalmente a terra e, na companhia de John Read, o vice-cônsul, foi apresentar desculpas ao governador, como ele também registou no seu ofício para o ministério. Desculpas esfarrapadas (ignorância de regulamentos, etc.) mas aceites – se não com convicção, decerto com alívio. E assim se foram, supostamente «rumando à América» (como suspeitavam «A Terceira», o «Lidador» e não só…) aqueles «navios ingleses» que, com vice-cônsul e tudo, como tais sempre se apresentaram.
Repare-se
que nunca nestes papéis se fala do
«Alabama». E a única menção a tal nome então feita – em carta de George Philips
Dart para Charles W. Dabney – parece-me ter resultado de um equívoco. De facto,
o que Dart aí afirma é a sua convicção de que o «Barcelona» se destina aos
estados do Sul após receber carga do outro
vapor chamado o Alabama e da barca «Agripina»[6].
Ora o nome do outro vapor não era
«Alabama», mas não deixava de ser parecido («Bahama»)
e, de ouvido, facilmente confundível com aquele…
…E, no entanto, o «Alabama» esteve mesmo na Terceira. A
municiar-se. Só que disfarçada sob nome e pavilhão alheios, e esperando não ser
incomodado. Como não foi.
V
Ora justamente o «Alabama» é que ia
substituir o «Sumter» na guerra de corso que a Confederação continuava a
manter. Mas desta vez era um navio novo, para o efeito encomendado aos
estaleiros ingleses de John Laird, em Birkenhead. Tudo à socapa, claro, que a
neutralidade britânica obrigava a estas hipocrisias, mas sem deixar de ser gato
escondido com o rabo de fora – tanto que o governo dos Estados Unidos procurou,
por via diplomática, obstar-lhe à partida, mas já não foi a tempo[7]…
E assim, aquele que para os confederados era apenas o «290», fez-se mesmo ao mar despachado para Nassau, nas Bahamas, vazio e desarmado sob o inocente nome de «Erica» e pavilhão inglês, e rumo a onde pudesse receber o que lhe faltava – armamento, munições, carvão e víveres para longos percursos. Lugar bom para isso era a Terceira, cujas autoridades se presumia serem suficientemente incapazes de impedir tal armamento, aliás tão ilícito como em Inglaterra, visto Portugal também haver declarado a sua neutralidade…
E assim, aquele que para os confederados era apenas o «290», fez-se mesmo ao mar despachado para Nassau, nas Bahamas, vazio e desarmado sob o inocente nome de «Erica» e pavilhão inglês, e rumo a onde pudesse receber o que lhe faltava – armamento, munições, carvão e víveres para longos percursos. Lugar bom para isso era a Terceira, cujas autoridades se presumia serem suficientemente incapazes de impedir tal armamento, aliás tão ilícito como em Inglaterra, visto Portugal também haver declarado a sua neutralidade…
Assim, em 10 de Agosto de
1862 o «290» chegou ao porto da Praia da Vitória, aí declarando ao serviço de
saúde chamar-se «Barcelona» e destinar-se a Havana. A 18 juntou-se-lhe a barca
«Agripina», com carvão, provisões várias, 6 canhões e munições de guerra.
Raphael Semmes, que comandara o «Sumter», chegou ali a 20, no «Bahama», quando
já começara o transbordo de toda aquela carga. Concluído tal serviço a 23 de
Agosto nos portos da Praia, Fanal e Angra, o «290», sob o comando de Semmes e
já em mar aberto, assumiu-se finalmente como o corsário que era, arriou a
bandeira inglesa, desfraldou a da Confederação ao som da Dixie e de hurrahs dos
tripulantes e partiu no seu cruzeiro de destruição em que, desde perto das
Flores[8], iria
interceptar e destruir em ano e meio nada menos de 65 navios federais, num
percurso que incluiu o Golfo do México, o Brasil, o Oceano Índico e, no
Oriente, Singapura, o norte de Bornéu e o Mar da China[9]...
Regressado então ao Atlântico, ainda, em 25 de Abril de 1864 e a sudoeste de Cabo Verde, aprisionou e queimou o «Tycoon», sua última vítima. Tendo arribado a Cherburgo para reparações, aí foi (pela primeira vez!) descoberto pela «Kearsarge», que enfrentou num dramático duelo de artilharia de uma hora, até esta o meter a pique. Cumprida (e pela medida grande) a missão que lhe coubera, assim acabou o «Alabama» – para a História naval, o maior dos merchant raiders da Confederação – armado e municiado nos portos da ilha Terceira à margem das leis da guerra e perante a aflita inoperância local, por obra do atrevimento de quem, contando com isso mesmo, para aqui o havia encaminhado.
Regressado então ao Atlântico, ainda, em 25 de Abril de 1864 e a sudoeste de Cabo Verde, aprisionou e queimou o «Tycoon», sua última vítima. Tendo arribado a Cherburgo para reparações, aí foi (pela primeira vez!) descoberto pela «Kearsarge», que enfrentou num dramático duelo de artilharia de uma hora, até esta o meter a pique. Cumprida (e pela medida grande) a missão que lhe coubera, assim acabou o «Alabama» – para a História naval, o maior dos merchant raiders da Confederação – armado e municiado nos portos da ilha Terceira à margem das leis da guerra e perante a aflita inoperância local, por obra do atrevimento de quem, contando com isso mesmo, para aqui o havia encaminhado.
VI
Neste uso dos Açores – «neutrais» por
Portugal o ser – a «Kearsearge» não tem, no entanto, menos que se diga… Charles
W. Dabney reclamara-lhe a presença no arquipélago mal soube dos estragos que o
«Alabama» tinha começado a fazer ao largo das Flores[10].
Quando todavia ela chegou à Horta, em 6 de Outubro seguinte, já o seu alvo ia
longe, umas 300 milhas
a sul da Terra-Nova, pelo que logo regressou a Cádiz[11]. O
«Lidador» de 11 de Outubro assinala-lhe uma escala em Angra, e informa até que,
na véspera, a «Kearsearge» passara «diante do porto dando caça a outro vapor
corsário o qual, vendo-se perseguido, picou os mastros para mais velozmente se
poder evadir». A isto parece também referir-se Roxana Dabney ao registar por
esses mesmos dias que, de bordo do «St. Louis», julgaram ter avistado a
Kearsarge» a perseguir outro navio. Mas Roxana, sempre atenta, precisou ainda
que este tinha duas chaminés e o «Alabama» uma só[12], e
daí não poder ser ele…
Seria o tal que, décadas depois, Henrique Abreu pintou a esconder-se no meio dos ilhéus das Cabras? Talvez fosse. O «Alabama», em qualquer caso, é que não era…
Seria o tal que, décadas depois, Henrique Abreu pintou a esconder-se no meio dos ilhéus das Cabras? Talvez fosse. O «Alabama», em qualquer caso, é que não era…
Entre Novembro de 1862 e Março de 1863 a
«Kearsarge» andou, sempre em cata do corsário, por costas setentrionais
europeias, pelas Hébridas, a Madeira, as Canárias – mas em vão... E voltou ao
Faial em Abril seguinte – enquanto o «Alabama», deixadas as Antilhas e o Golfo
do México (onde afundara em combate, frente a Galveston, Texas, o cruzador
federal «Hatteras») navegava já em pleno hemisfério sul rumo à Baía donde, pelo
Índico, seguiria para o Oriente. Com base de
facto na Horta, a «Kearsarge» aplicou-se então a interceptar ou perseguir
outros navios que, ao serviço da Confederação, passavam nas proximidades – e
até levou os Dabneys, cuja casa o seu novo comandante frequentava, numa agradável viagem a Angra[13]...
Tão acolhedor lhe era o porto faialense que ainda ali se procedeu, mau grado a neutralidade portuguesa (e sem obstáculo das autoridades locais, que se saiba) ao reforço com elementos de ferro do seu casco de madeira[14]…
E assim melhorado na respectiva capacidade de combate, a «Kearsarge» partiu em Setembro do Faial, aonde só voltaria em Agosto do ano seguinte, após ter acabado com o «Alabama»[15] – cuja estadia na Terceira, dois anos antes, ao menos causara alguns resmungos. Como se vê, em uso abusivo dos nossos portos, o vencedor do temível raider não lhe ficou atrás.
Tão acolhedor lhe era o porto faialense que ainda ali se procedeu, mau grado a neutralidade portuguesa (e sem obstáculo das autoridades locais, que se saiba) ao reforço com elementos de ferro do seu casco de madeira[14]…
E assim melhorado na respectiva capacidade de combate, a «Kearsarge» partiu em Setembro do Faial, aonde só voltaria em Agosto do ano seguinte, após ter acabado com o «Alabama»[15] – cuja estadia na Terceira, dois anos antes, ao menos causara alguns resmungos. Como se vê, em uso abusivo dos nossos portos, o vencedor do temível raider não lhe ficou atrás.
…E não fará tudo isto lembrar «mistérios»
mais recentes como os de uns armazéns nucleares ou voos de Guantánamo via
Lajes? Coisas do (nosso) transatlantismo, afinal.
Álvaro Monjardino
(«A União» de 2011-11-19 e 26, 12-03, 10 e 17 e 2012-01-07)
[1] Ed. de 1987, in
nº 1 da nota 107, pp. 161-162.
[2] Março-Abril de 1862, vol.
II, p. 561.
[3]
«Correspondência dos Cônsules dos Estados Unidos nos Açores», ed. em CD do IAC,
5º rolo, nº 0401 e «Anais» cit., III, pp.
44 e 45.
[4]
«Correspondência» cit, 5º rolo, nºs 0455 a 0460, 0492 a 0494, 0535 e 0536.
[5] Ano
XVII, pp. 275-282. O quadro, pintado por Henrique Abreu (n. 1887), foi
oferecido pelo seu pai, o doutor Eduardo de Abreu, ao almirante Charles S.
Sperry, comandante da esquadra norte-americana do Atlântico, quando em 1909
esta passou pelos Açores em viagem à volta do mundo.
[6] No doubt the steamer «Barcelona» is intended for the Southern States after receiving the
cargoes of the other steamer called the
Alabama and o f the Bark «Aggrippina»:
«Correspondência dos Cônsules dos Estados Unidos nos Açores», ed. em CD do IAC,
5º rolo, nº 0462.
[7] Os Estados
Unidos nunca esqueceram este e outros by-passes
britânicos e, finda a guerra, processaram o Reino Unido no que ficou conhecido
por «Alabama Claims», saldado em 1871 por um acordo que incluiu desculpas e uma
indemnização de US$ 15,5 milhões – inicialmente queriam muito mais, chegando a exigir a aquisição do
Canadá, como dação em pagamento…
[8] Foi
pelos sobreviventes dos primeiros navios destruídos, quase todos baleeiros, que finalmente se soube, nos
Açores, o verdadeiro nome do corsário.
[9] Tudo
isto vem contado, incluindo percursos e posições diárias dos navios, no livro
de Raphael Semmes «The Cruise of the
Alabama and the Sumter», New York/Londres, 1864, ainda nesse ano com outra
edição em francês.
[10] «Correspondência…» cit.,
rolo 5, cartas nºs 464, 471
[11] Ibid., carta nº 0539.
[12]
«Anais…» cit., III, pp. 63-64. Pelos vistos, ainda se admitia que, nesse
Outubro, o «Alabama» andasse perto dos Açores…
[13] Anais…» cit., III, pp.
128, 138, 141 e 143-146.
[14]) «Kearsarge» had been given
added protection by chain cable triced in tiers along her port and starboard
midsection abreast vital machinery. This hull armor had been installed in just
three days, more than a year before June 1964, while «Kearsarge» was in port at the Azores. (In http://en.wikipedia.org/wiki/USS Kearsarge (1961)).
[15] Anais…» cit., III, pp. 149
e 203-204.
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