Armando Borges de Ávila
Angra do Heroísmo
(1900 - 1967)
Armando Borges de Ávila nasceu em Angra do Heroísmo a 20 de setembro de1900 e faleceu, na mesma cidade, a 4 de março de 1967. com o nome frequentemente grafado Armando Borges d'Ávila,
"Foi um jornalista e escritor, pioneiro da redação e edição de guias turísticos e da promoção turística nos Açores. Nasceu na freguesia da Sé, filho de Emílio Borges de Ávila, comerciante, e de Elvira Avelar Borges de Ávila, oriundos da ilha de São Jorge. Foi sobrinho de Manuel Borges de Ávila, presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo durante a Primeira República.
VENCI!
Edição de 1932 impressa na Tipografia Insular de João V. Gonçalves, Angra do Heroísmo.
(Notas e apontamentos de algumas reportagens do meu tempo de profissional)
Fez o seu percurso de educação básica e secundária na sua cidade natal. Iniciou-se no jornalismo em 1916, publicando no Eco Académico, jornal do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo. No ano seguinte substituiu Vitorino Nemésio como diretor do jornal Estrela d´Alva. A partir de então, dedicou-se à atividade jornalística profissional, ora em Angra do Heroísmo, ora em Lisboa. Quando residiu em Lisboa, trabalhou no Diário da Noite, Sports, Diário de Notícias, Capital, Novidades e Humanidade. Nesse período colaborou como correspondente no Diário da Madeira, Correio dos Açores e A União.
Em Angra do Heroísmo foi editor do periódico O repórter : semanário de grandes reportagens, humorismo, crítica, arte, desporto e informação, propriedade de Manuel Joaquim de Andrade, que se publicou naquela cidade a partir de 1934. Também nesse período fundou e dirigiu o jornal A República e o Jornal de Angra.
Dedicou-se à promoção do turismo, tendo escrito e publicado várias edições do Guia Turístico da Ilha Terceira (1940) e do Anuário Índice das Atividades Económicas do Arquipélago dos Açores e da Madeira (1951).
Editou o periódico Portugal Insular (1939). Também fundou e dirigiu o periódico Portugal Maior : revista de propaganda das atividades portuguesas e do trabalho dos portugueses no mundo (1965). Ao longo dos 50 anos de atividade como jornalista defendeu os interesses do arquipélago e empenhou-se na propaganda turística do mesmo.
Os trabalhos que publicou foram, essencialmente, crónicas relacionadas com o jornalismo. Armando Borges de Ávila esteve preso por razões políticas, tendo como data da primeira prisão 25 de março de 1943. Foi solto em liberdade condicional em 29 de maio de 1944.
Jornalista presente em Lourenço Marques em 1942, foi preso em Lisboa no ano seguinte, quando as autoridades portuguesas souberam que tinha sido enviado para África pela Abwehr em missão de espionagem. Em consequência, quando pretendia regressar de Angra do Heroísmo a Lisboa, o delegado marítimo britânico das forças britânicas em Angra recusou o «navicert» ao navio N/M Lima se ele embarcasse. Para além da vastíssima obra dispersa pelos jornais e revistas, é autor de diversas monografias."
Fonte: Wikipédia)
PORTUGAL MAIOR.
Revista de propaganda das atividades portuguesas e do trabalho dos portugueses no mundo - AÇORES.
Número póstumo comemorativo das Bodas de Ouro do jornalista açoriano Armando Ávila. Rio Maior, Composição, impressão e coordenação das Oficinas Gráficas do «Jornal do Oeste», Editoras, 1967. In-4.º (29x22,5 cm) de [44] p. ; mto il. ; B.
1.ª edição.
Importante subsídio monográfico dedicado aos Açores, especialmente à Ilha Terceira, terra natal do homenageado, que também fundou a revista «Portugal Maior», e aos testemunhos e colaboração de personalidades da vida literária local e nacional.
Número especial, com interesse histórico e regional. Sem referências bibliográficas. A BNP não menciona.
Obra muito ilustrada no texto com fotografias a p.b. no texto e publicidade alusiva a produtos e serviços angrenses.
"Pedem-me algumas palavras acercado Armando, para serem publicadas neste último número do seu «Portugal Maior».
Haveria muito a dizer, certamente,. Mas não quero nem devo alongar-me. Bastará afirmar, com absoluta consciência e verdade, que esta revista foi a sua última paixão. A última... e mais duradoira!
Lutou estoicamente para conseguir a sua publicação, várias vezes esbarrando com incríveis e destrutivas más vontades.
Lutou estoicamente para conseguir a sua publicação, várias vezes esbarrando com incríveis e destrutivas más vontades.
Mas venceu e, desde que a fundou, até que a morte o levou, no passado dia 4 de Março, para ela viveu, dedicando-lhe o melhor do seu tempo, da sua vida, da sua inteligência, da sua já abalada saúde e da sua longa prática do jornalismo."
(Excerto de Palavras de saudade, por Conceição Ramalho)
Índice:
Palavras de saudade, Por Conceição Ramalho |Nasci jornalista e jornalista quero morrer - A morte surpreendeu-o na sua missão |Senhor Santo Cristo dos Milagres | Canção: Os Açores, Por Alice Moderno | Notas históricas sobre a descoberta dos Açores | Sé Catedral de Angra | O mar na História Açoriana | Um conto inédito: Maria Doida, Por João Ilhéu | Ilha Terceira | Lar de Santa Maria Goretti | Biscoito brabo, mistério velho, furnas e algares..., Por Vitorino Nemésio | Missão Sagrada - o último artigo de Armando Ávila, Por Armando Ávila | Mortos ilustres - Jaime Brasil | O Folclore Açoreano, Pelo Padre Tomaz Borba | Ilha Terceira, Pelo Prof. Dr. Vitorino Nemésio | Os "Montanheiros" depararam com 50 salas e cenários de maravilha nos 3.300 metros já explorados da Galeria dos Balcões | Em Angra do Heroísmo foi descoberta uma galeria subterrânea com mais de dois mil metros | Perspectivas da História Baleeira nos Açores | Glória ao Divino!, Por Armando Ávila | Hora alta do pensamento açoriano... Vitorino Nemésio comemorou as suas «Bodas de Ouro» na terra natal | A acção do Prior do Crato nos Açores, Por Correia da Costa | Costumes Açorianos | Angra é poema, Por Carlos Faria | Os pioneiros da Civilização Açoriana, Por Jaime Brasil | O Milhafre ave simbólica do arquipélago dos Açores | Férias nos Açores - A Baía de Angra, a mais bela das enseadas açorianas.
Sem comentários:
Enviar um comentário