domingo, 15 de agosto de 2021

Carlos César (Em defesa do Património)

Carlos A. César


Carlos Augusto Corvelo César

nasceu a 9 de Outubro de 1951, na freguesia de S. Roque, Concelho de Ponta Delgada, filho de Irondina Corvelo César e de Aurélio Augusto César, viveu nesta freguesia até aos dez anos de idade onde frequentou o ensino primário. Por esta altura, mudou a sua residência para a cidade de Ponta Delgada, Rua Barão das Laranjeiras, Freguesia de S. Pedro – Calheta Pêro de Teive, frequentando o Curso Industrial, na Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada. Casou nesta Freguesia com Maria da Conceição Caetano César, tem dois filhos e quatro netos.

Cumpriu o serviço Militar obrigatório, com início em Janeiro de 1971, frequentando o curso de Sargentos Milicianos no Centro de Instrução de Sargentos Milicianos em Tavira e na Escola Prática de Engenharia em Tancos. Após a promoção a Furriel Miliciano, foi colocado no então Quartel General do Comando Territorial Independente dos Açores, sediado nesta ilha, passando à situação de disponibilidade em Abril de 1974, com um louvor atribuído pelo Chefe do Estado Maior, por proposta do Chefe da Delegação de Serviço de Fortificações e Obras Militares.



A sua carreira profissional foi toda desenvolvida na EDA - Empresa de Electricidade dos Açores e nas empresas que a antecederam, Federação dos Municípios da Ilha de S. Miguel e Empresa Insular de Electricidade, como quadro médio, com responsabilidades de chefia, na área de gestão de Redes de Alta e Baixa Tensão. Passa à situação de aposentado em 2003.




Foi Presidente da Comissão Instaladora para a criação da Arca – Associação dos Utentes da Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição e Presidente da Direcção desta Associação no período entre o ano de 2000 a 2004.











"O livro recua ao povoamento da Calheta, ano de 1450, percorre a sua importância Histórica no desenvolvimento de Ponta Delgada, o seu património imóvel, religioso, cultural e social, actos de coragem e bravura dos seus Pescadores, quer nos nossos mares, quer nos mares gelados da Gronelândia, na fauna da pesca do bacalhau. A obra procura, também, a razão pela qual todo este rico património Histórico foi soterrado.

É também, uma homenagem ao Professor Luciano Mota Vieira que, desde a primeira hora, defendeu, com determinação, a preservação da História, da Cultura e do pitoresco porto da Calheta Pêro de Teive."

Julgo que, em conjunto, Gráfica e as duas fotos que escolhi conseguimos um "hino" à nossa Calheta, a Calheta vista e perpectuada pelo Mestre Domingos Rebelo em 1938 e um pescador ao leme do bacalhoeiro na faina do bacalhau ano de 1950. A alegria de chegar ao seu porto, hoje, este pescador, choraria ao ver o que se fez no seu porto.

In: Correio dos Açores (07-12-2019)


Em 2014 lançou o seu primeiro livro, intitulado
 “Aurélio Augusto César Herói e Ilustre Açoriano”.

Um alerta (publicado no Correio dos Açores a 16-01-2020)




" A CONFRARIA DE SÃO PEDRO GONÇALVES "




Neste livro, através da “Confraria de S. Pedro Gonçalves” de Ponta Delgada, somos transportados por estes Corajosos Pescadores a percorrer o seu rico, heróico e exemplar percurso de vida! A História do povoamento da ilha de S. Miguel e, porque não, a História do povoamento dos Açores!

Homens de rosto enrugado, queimado pelo sol, com mãos fortes e calejadas pelo manuseamento das alfaias piscatórias, de olhar profundo, chapéu característico com pequena aba a proteger a testa e camisa colorida de flanela axadrezada! Foi assim que os conhecemos na década de sessenta do séc. XX, no porto da Calheta de Pêro de Teive.

 Unidos em fé à volta do seu Padroeiro, Corpo Santo de Tuy - São Pedro Gonçalves, desde meados do século XV, praticaram a piedade popular, a sociabilidade e a evangelização através do seu Santo, muito antes da criação da Diocese dos Açores.  

“Pela pia caridade de conseguirem o aumento da religião dos fiéis, e a salvação das almas…” é-lhes atribuída, pelo Papa Pio VII, indulgência plenária, por Bula Papal em 1819.

Em 1603, formalizam estatutariamente “A Confraria de S. Pedro Gonçalves de Ponta Delgada”, como “Monte Pio”, com o objetivo de proteger os seus Confrades no apoio social, na doença e espiritualmente, alcançando os melhores resultados. O século XIX e XX, por divergências políticas vindas do exterior, levou-os a atravessar o pior momento da vida da Confraria que veio a desaparecer por volta dos anos setenta do século XX.

Coincidência, ou talvez não, em nome do progresso, estes pescadores que tinham iniciado a sua actividade no lugar do Corpo Santo em Ponta Delgada, hoje, conhecido por Cais da Sardinha, foi neste mesmo local que em 1988 terminaram a sua actividade!

 

(Texto do autor do livro)




“A Confraria de São Pedro Gonçalves”


É uma obra que faz história de uma das mais antigas corporações profissionais conhecidas e que uniu os pescadores, quase desde o início do povoamento das ilhas e de Ponta Delgada em concreto.
O livro começa por escalpelizar as razões da criação da Confraria e vai às fontes mais longínquas a começar por Gaspar Frutuoso.


Carlos Augusto Corvelo César segue neste trabalho os “Estatutos da Corporação dos Maritimos sob a Invocação de San-Pedro Gonsalves da Cidade de Ponta Delgada, Ilha de San-Miguel. (Typ. da Persuasão, 1866”), um precioso documento que nos transporta à História desta Confraria e seus fins! O autor recheia o seu livro de preciosas citações da imprensa dos dois séculos anteriores, onde podemos ver a pujança e declínio da Confraria, como se faziam as suas festas, onde eram as suas sedes e como se procedeu às respectivas mudanças.


E tudo num estilo simples, agradável, mas ao mesmo tempo rigoroso e fiel à documentação obtida.
Inclui um capítulo sobre a “Nau”, o grande símbolo da confraria que saía nas procissões e que hoje se encontra em risco de se perder definitivamente. Magnífico acervo fotográfico, um verdadeiro libelo contra a incúria do poder e a indiferença da sociedade.


Carlos Corvelo César é também autor dos livros “Aurélio César, Herói e ilustre Açoriano”, em 2014 e “ Calheta de Pêro Teive – Pecado geracional”, em 2019.

In: Correio dos Açores




Na sua nota introdutória, Carlos Corvelo César, nascido na freguesia de São Roque, que deixou aos 11 anos para vir residir, com seus pais, em Ponta Delgada, confessa que nunca deixou de sentir um afecto especial pela terra natal e um entranhado carinho pelos artistas da música, muitas vezes, homens simples, com vidas duras e difíceis, mas que aos Domingos e dias de festa se transformavam e garbosos, davam vida e som às procissões e arraiais. Por isso mesmo, reafirma que “neste trabalho esperamos humildemente, conseguir honrar a história da filarmónica Lira de São Roque, e todos, mas todos, independentemente da sua responsabilidade ou função, que criaram e trouxeram até aos dias de hoje tão nobre associação que muito honra a filarmonia e a freguesia de São Roque”.

 

(Texto parcial de Santos Narciso.)





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