INCM - EMISSÕES 2021

 










A primeira moeda integrada na nova série de moedas comemorativas dedicadas à Arte Contemporânea Urbana é uma criação do artista urbano Alexandre Farto, a.k.a. Vhils. 

 

 Vhils é um dos criadores mais originais da sua geração e um embaixador da arte contemporânea portuguesa, sendo atualmente o artista português mais reconhecido internacionalmente, com aquela que se tornou a sua imagem de marca   a «destruição criativa». As suas peças têm também recebido o aplauso da crítica e marcado presença em galerias, museus e festivais de arte urbana um pouco por todo o mundo.  


Vhils reflete sobre identidades pessoais e comunitárias, sobre a organização das cidades e os fenómenos sociais decorrentes da globalização. Os rostos que «esculpe» com os materiais da cidade — muros, posters, cimento, esferovite, portas — espelham as aspirações e inquietações humanas, bem como as exigências da vida no mundo atual.  


No anverso da moeda, uma tag, o tipo assinatura caraterística dos graffiters, remetendo para as raízes do artista. No verso, o olho, um dos elementos que vemos surgir recorrentemente nas suas obras, que nos fita e interroga, numa curiosa inversão das proporções, que passadas do monumental à miniatura.

  
Vhils cresceu na Margem Sul de Lisboa. O seu percurso iniciou-se no graffiti, mas cedo começou a explorar novos caminhos, sem parar de desenvolver a sua criatividade escultura conceptual, à instalação e ao vídeo. 


À medida que o nome e a obra de Vhils se disseminam pelo mundo, é também um pouco de Portugal que chega mais longe.

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Portugal e o Oriente (Portugal e Japão) — A Arte da Laca

Autor: João Fazenda 

Este ano, irá ser lançada a primeira moeda da série de moedas comemorativas dedicada às relações entre Portugal e o Oriente. Esta série surge por ocasião da comemoração dos 450 anos da fundação do porto de Nagasáqui (1571), cidade que desempenhou um papel muito importante no comércio entre Portugal, o Japão e a China durante os séculos XVI e XVII.  Através de uma seleção de objetos expostos em museus portugueses, procura-se mostrar a história das relações entre Portugal e o Oriente na perspetiva da interculturalidade: a arte é entendida como um espaço de diálogo entre culturas que é possível conhecer e divulgar através da moeda. 


A laca é feita a partir da seiva da árvore da laca (Toxicodendron vernicifluum), que existe em diversos pontos da Ásia. Até secar, a seiva é venenosa ao toque, e mesmo aspirar os seus vapores pode ser tóxico, pelo que é manipulada apenas por especialistas. O material é meticulosamente aplicado como um verniz, camada após camada, até se obter o efeito desejado. O resultado é um objeto resistente, elegante e agradável ao toque.  


Os colecionadores europeus ficaram cativados com a funcionalidade e a minúcia destas peças lacadas, e também com o estilo ornamental japonês. Mais tarde, passaram a importar painéis feitos por encomenda, com vista à incorporação deste novo material em cofres, cómodas e outras peças de mobiliário ocidental, usando motivos bucólicos em vez de alusões à história e literatura japonesas, num cruzamento de tradições. A lacagem é uma técnica versátil, que se adapta a qualquer material de base (a madeira é o mais comum, mas pode usar-se metal, papel, bambu, ou até pedra) e que permite uma infinitude de motivos decorativos. 


Os elementos no anverso desta moeda de coleção representam o mar — sugerido pelo padrão tradicional japonês das escamas de peixe — e um pinheiro (matsu), símbolo de coragem, perseverança e longevidade. No reverso, além de dois templos xintoístas tradicionais, vemos uma nau inspirada na figuração dos biombos de Namban, pertencentes à coleção do Museu Nacional de Arte Antiga e que retratam a chegada das naus portuguesas ao porto de Nagasáqui. A versão de acabamento proof em prata tem alguns apontamentos de cor. 


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Dinheirosaurus lourinhanensis

 


Podia ter sido uma espécie inventada pela Casa da Moeda, mas não foi. Pensa-se que este dinossauro teria cerca de 25 metros de comprimento. Um herbívoro que viveu há aproximadamente 150 milhões de anos, no período do Jurássico Superior, terá sido provavelmente o dinossauro mais comprido encontrado até agora em Portugal. Dinossauro de grandes dimensões que, à semelhança dos restantes saurópodes, possuía uma cauda e um pescoço bastante compridos e uma cabeça relativamente pequena, tendo em conta as enormes dimensões do seu corpo. Pensa-se que viveria em grupo e passaria a maior parte do dia em busca de vegetação que consumia em grandes quantidades. Foi descoberto na década de 1980 na zona da Praia de Porto Dinheiro, no concelho da Lourinhã, local que deu nome ao achado paleontológico.


In: INCM




Aristides de Sousa Mendes — Nunca Esquecer

José Viriato

Uma homenagem do Estado português a este homem inspirador. Esta moeda é também dedicada às vítimas do Holocausto, a todos quantos se conseguiram salvar, e aos heróis que os ajudaram. No anverso, o olhar resoluto de Aristides de Sousa Mendes desafia-nos a seguir o seu exemplo de coragem. No reverso, os cinco grandes valores que nortearam a sua ação surgem integrados num V de vitória, incitando-nos a nunca esquecer os horrores do passado..




O Cavalo-Marinho

Os cavalos-marinhos são muito diferentes de todos os outros peixes: nadam com o corpo na vertical, passam a maior parte do tempo parados e movimentam-se com vagar. Existem cerca de 50 espécies em todo o mundo e em Portugal encontramos duas variedades — o Hippocampus guttulatus (cavalo-marinho-de-focinho-longo) e o Hippocampus hippocampus (cavalo-marinho-de-focinho-curto) —, sobretudo nas pradarias marinhas da Ria Formosa.

Medindo entre 12 e 15 centímetros, em geral, vale a pena conhecer melhor estas criaturas enigmáticas. A versão de acabamento proof desta moeda de coleção tem alguns apontamentos de cor.





GÓTICO
A concluir o ciclo alusivo às «Idades da Europa», que reflete alguns dos mais importantes movimentos artísticos europeus, o tema, em 2020, será o Gótico, estilo que marcou sobretudo a arquitetura europeia entre os séculos XII e XIV, onde se destacam as abóbadas e os arcos em ogiva, bem como os vitrais, elementos que se destacam nesta moeda portuguesa da autoria do designer Eduardo Aires.

A versão em prata proof resulta de um processo inovador, desenvolvido pela Casa da Moeda em parceria com o Instituto de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico, e que permite agregar dois materiais distintos no momento da cunhagem, metal e polímero.



ESCUDO DE SÃO TOMÉ (OURO PROOF)

A série «Tesouros Numismáticos» recria moedas raras nacionais, usando a mais avançada tecnologia do presente. Em 2021, a Casa da Moeda emite a moeda de coleção «Escudo de São Tomé» tendo por base um exemplar do acervo do Museu da Casa da Moeda. Essa moeda de ouro, cunhada pela primeira vez na Índia durante o reinado de D. João III (1521-1557), é um verdadeiro documento histórico e assinala o acolhimento da estética renascentista.



PARTICIPAÇÃO PORTUGUESA NOS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO

IR AINDA MAIS LONGE

Os Jogos Olímpicos são a mais emocionante competição multidesportiva do mundo, e os de 2020 vão ficar particularmente marcados na memória coletiva. Devido à pandemia de Covid-19, a 33.a Olimpíada, em Tóquio, no Japão, teve de ser adiada para o ano seguinte. Algo inédito. Mantendo o nome «Jogos Olímpicos de 2020», o evento irá decorrer de 23 de Julho a 8 de Agosto de 2021, com a Missão Portuguesa, mais uma vez, a marcar presença.





V CENTENÁRIO DA VIAGEM DE CIRCUM-NAVEGAÇÃO DE FERNÃO DE MAGALHÃES

                                   MACTAN 1521O PREÇO DA AUDÁCIA.

Foi na ilha de Mactan, nas Filipinas, que Fernão de Magalhães viveu os seus derradeiros momentos, pagando com a vida o preço da sua audácia. Contudo, a morte do navegador não pôs fim à epopeia, que veio a ser concluída em 1522 por Sebastián Elcano. Em 2022, a Casa da Moeda emitirá a quarta e última moeda, dedicada à etapa final da viagem de circum-navegação, ficando concluída esta série comemorativa.



PRESIDÊNCIA PORTUGUESA DA UNIÃO EUROPEIA

A Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021 insere-se na Agenda Estratégica para o período 2019-2024, que privilegia o reforço do modelo europeu no mundo, com o objetivo de promover os interesses dos cidadãos, das empresas e sociedades, e o modo de vida europeus.

A pandemia Covid-19, que assolou o mundo em 2020, veio conferir a Portugal uma responsabilidade acrescida na definição de prioridades e linhas de ação específicas para o primeiro semestre de 2021: recuperar a economia e os danos coletivos; desenvolver o pilar dos direitos sociais na União Europeia; e reforçar a autonomia estratégica de uma Europa aberta ao mundo.

«Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital» é o lema desta 4.ª Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, que se propõe promover os valores, a resiliência e os interesses europeus no contexto mundial.

Esta moeda comemorativa assume, pois, a importância acrescida de fazer recordar a relevante missão da Presidência Portuguesa a todos quantos a fizerem circular em toda a zona Euro


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