terça-feira, 26 de setembro de 2023

Fragata "AMAZONA" (1810)





Fragata "AMAZONA"


No dia 26 de Setembro de 1810, entra no porto de Angra a fragata «Amazona» com os deportados políticos liberais.

Pelos motivos políticos que originaram a execução do general Gomes Freire, foram enviados para os Açores, na fragata «Amazona», os deportados que, nestas ilhas, foram os precursores das ideias liberais que mais tarde provocaram as lutas em que se debateram estas ilhas e com que nada ganharam, pois que nunca tiveram, especialmente a Ilha Terceira, a maior mártir, compensação condigna ao seu esforço e sacrifício.


1810 - Os deportados liberais


Eram eles :

António de Almeida, cirurgião,
Manuel Alves do Rio, juiz,
André da Silva Cardoso, juiz,
António Gonçalves Pereira, coronel,
José Maria Cambiasso,
José Aleixo Falcão de Gamboa Fragoso Wanzeler,
José Ferrão de Mendonça e Sousa, prior dos Anjos,
João Vicente Pimentel Maldonado,
Manuel Bernardo de Magalhães,
José António Ferreira Vieira,
José Maria de Oliveira,
Francisco Xavier Rodrigues de Carvalho,
Pe. José Portelli,
José Pedro de Sousa Azevedo,
Pe. D. André, capelão,
Pedro Bougard,
Joaquim José da Costa e Simas,
José Maria Gonçalves,
Domingos Peregrini, pintor,
Pedro Paulo Cândido,
José Joaquim Vieira,
Inácio Quintino de Avelar, cirurgião,
Pe. Fernando Wanzeler,
Frei Fernando de Sant'Ana, franciscano,
Urbano Pejella, pintor,
Manuel Joaquim de Oliveira,
Filipe Alberto Patroni,
Manuel Ferreira Gordo, desembargador,
Bento Dufaureg,
João Miguel Brion,
João Bouvier,
Henrique Honorato Edmundo,
António Maria Esteves,
Luiz Risso,
António Joaquim Brion,
Filipe Bernardino e Dionísio José da Rocha.

Ficaram à guarda do general Aires Sousa.

In: Gervásio Lima,
Breviário Açoreano, p. 296, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.

 




 História


"Amazona" foi uma fragata da Marinha Portuguesa, integrante da Armada do Atlântico da Esquadra de Guerra Portuguesa em1800.

Foi construída no Pará, Brasil, por ordem do então Secretário de Estado da Marinha e do Ultramar, D. Rodrigo de Sousa Coutinho (1795-1801), por volta de 1798.

Considerada uma excelente embarcação, quer pela qualidade das madeiras nela empregadas, quer pelas suas qualidades náuticas, as suas características eramː
  • Comprimentoː 48,16 metros
  • Bocaː c. 11,89 metros
  • Pontalː 8,53 metros
  • Armamento (em 1805)ː 54 peças
  • Tripulação (em 1798)ː 349 homens


Desempenhou inúmeras comissões, entre as quais deu proteção a diversos comboios para o Brasil (nomeadamente a uma das maiores e mais ricas frotas enviadas ao Brasil durante a guerra com a França em 1800), participou na campanha do Rio da Prata em 1801, cruzou no Estreito de Gibraltar, conduziu deportados liberais para Angra em 1810, navegou nas águas de Santander, Madeira, Açores e Angola.





Integrou a esquadra do Estreito em Setembro de 1818 e a esquadra miguelista aos Açores em 1829, tendo participado na Batalha da Praia (11 de Agosto de 1829) e no bloqueio naval da Terceira (Outubro de 1829).


Albin Rousin (1781-1854)

Grã-cruz da Legião de Honra
Comandante da Ordem Real e Militar de São Luís
Almirante da França


No contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), devido aos incidentes diplomáticos no país envolvendo súditos da Grã-Bretanha e da França, sem obter, como a primeira, as satisfações exigidas, Luís Filipe de França incumbiu o almirante Albin Roussin de forçar a barra do rio Tejo.
 


A missão foi desempenhada a contento, tendo a esquadra do referido almirante ultrapassado a barreira do fogo cruzado da artilharia dos Forte de São Julião da Barra e do Forte de São Lourenço do Bugio, respondido ao fogo do Forte de Nossa Senhora das Mercês de Catalazete e ancorado no porto de Lisboa, onde apresou oito navios (11 de Julho de 1831), entre os quais a fragata "Amazona".

Impôs então, ao soberano português, as condições humilhantes do Tratado de 14 de Julho de 1831.

A "Amazona" viria a ser vendida em Brest pelos franceses.

História in: Wikipedia

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