Gravura de Vieira Lusitano alusiva à criação da Academia Real de História Portuguesa |
Fundada a 8 de Dezembro de 1720, a Academia Real da História, que teve como descendência directa a Academia Portuguesa de História, celebra a passagem do seu terceiro centenário.
A Academia Real da História Portuguesa foi precursora da Academia Real das Ciências de Lisboa (hoje Academia das Ciências de Lisboa), fundada em 1780, e legou um importante acervo de publicações na sua Colecção dos Documentos e Memórias da Academia Real de História e nas obras individuais dos seus sócios. A instituição extinguiu-se por falta de actividade em 1776, mas a Academia Portuguesa da História, fundada em 1936, reclama-se como sua sucessora.
Continuando o trabalho da sua ilustre antecessora, foi D. João V, reinou de 1706 a 1750, O Magnânimo, que traçou as linhas de organização, num clima favorável às letras e às artes.
D. João V contou desde o início com o trabalho de D. Manuel Caetano de Sousa, religioso Teatino, que traçou as linhas de organização da primeira Academia Real. Na sequência da fundação, foi nomeada uma direção, presidida por D. Manuel Caetano de Sousa e que teve como secretário o Conde de Villamayor. A 22 de Dezembro foram aprovados os estatutos, divididos em dez capítulos.
Conforme afirma Manuela Mendonça, presidente da APH, “a atividade da Real Academia manteve-se com grande dinamismo por mais de meio século. Fundada para escrever a História, a Real Academia haveria de desempenhar também um papel fundamental como editora, com o privilégio de ter os seus próprios censores. O seu último acto público ficou assinalado em 1777, dia do aniversário da Rainha, quando, como era tradição, fez o discurso oficial diante D. Maria. A partir de então, a sua existência é omissa, sem que, no entanto, tivesse sido extinta. Com uma história interrompida ao longo de cento e cinquenta anos, renascia a 19 de maio de 1936, a Real Academia da História Portuguesa sob a designação de Academia Portuguesa da História.
Os selos desta emissão mostram-nos o interior da Academia Real da História, dois pormenores da gravura, Alegoria à Academia Real da História de Vieira Lusitano, uma imagem de D. João V e duas medalhas das comemorações dos 290 Anos da Academia Real da História. A imagem do bloco é uma gravura e pormenor da gravura, da Academia Portuguesa da História, de Martins Barata, da Coleção particular Academia Portuguesa da História.
Esta emissão filatélica é composta por dois selos, um deles com o valor facial de 0,53€ e outro com o valor facial de 1,00€. Ambos têm uma tiragem de 100 000 exemplares cada. É também composta por um bloco filatélico com 1 selo com o valor de 2,00€ e uma tiragem de 35 000 exemplares. O design esteve a cargo do Atelier B2 Design. As obliterações de primeiro dia serão feitas nas lojas dos Restauradores em Lisboa, Munícipio II no Porto, Zarco no Funchal e Antero de Quental em Ponta Delgada.
In:
Wikipédia
CTT Notícias (texto parcial)
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