Naufrágios na Baía de Angra
Os
primeiros povoadores da ilha Terceira, em face das exportações de produtos
cerealíferos e tintureiros que se passaram a operar poucos anos após o início
da colonização, tiveram de se estabelecer em entrepostos portuários capazes de
albergar toda uma frota de embarcações, reinóis ou estrangeiras, que demandava
cada vez mais a ilha Terceira, em busca desses mesmos produtos.
Assumindo
que os factores naturais se mantêm mais ou menos constantes, ao longo dos
séculos, podemos partir do princípio que desde meados do século XV se têm
afundado regularmente navios na baía de Angra. Tal suposição é-nos permitida em
virtude dos dados históricos de que dispomos e que, infelizmente, datam de
apenas dos meados do século XVI. Quais são então os naufrágios históricamente
documentados na baía de Angra?
O século XVI
Segundo
a Relação das Naos da Índia
pertencente à British Library, Códice Add. 20902, o naufrágio mais antigo
documentado na baía de Angra é o da nau cognominada Grifo, capitaneada por Baltazar Jorge e dada por perdida em 1542. A
mesma relação aponta a perda, em 1555, da nau Assumpção, comandada por Jácome de Melo, que também deu à costa.
No
mesmo ano de 1555, perde-se no regresso das Índias a nau alcunhada de Algarvia Velha, a crer nas palavras de
Faria de Sousa, escritas na sua Ásia
Portuguesa. A saga dos naufrágios da Carreira das Índias continua, segundo
os Anais do Clube Militar Naval, com a perda simultânea, a 6 de Agosto de 1556,
das naus Nossa Senhora da Vitória e Nossa Senhora da Assunção.
Em
1560 surge o primeiro naufrágio de uma nau espanhola, da qual o historiador
naval espanhol oitocentista, Fernandez Duro, não guardou o nome. Vinte e três
anos depois, a 21 de Outubro de 1583, os três patachos confiscados pelos espanhóis
à armada do Prior do Crato acabam os seus dias sob o jugo do vento Carpinteiro no areal da Baía de Angra.
Os espanhóis continuam na sua maré de azar com o naufrágio, a 17 de Setembro de
1586, da nau Santa Maria, provinda de
S. Domingo, que acabou por dar de través no baixio à saida de Angra. No dia a
seguir e devido a tormenta ocorrem outros três naufrágios espanhóis,
nomeadamente o de uma nau capitânia de 30 canhões de bronze, que sossobrou
quando ancorada e o da nau Nuestra Señora
de la Concepción, da qual se recuperou, posteriormente, parte da carga,
segundo o que se afirma no Legayo 5108 do Arquivo General de las Indias.
Novamente
a Relação das Naos da Índia, da
British Library, nos confirma um outro sinistro sucedido, em 1587, com o galeão
português Santiago, que capitaneado
por Francisco Lobato Faria e provindo de Malaca, acabou por se perder na
amarra, salvando-se a gente e a fazenda. Também no ano de 1587 naufragou uma
nau espanhola provinda do Novo Mundo, tendo-se resgatado a carga de ouro e
prata num valor total de 56 000 escudos. Um ano depois, em Agosto de 1588, dá à
costa a nau São Tiago Maior, da
Armada de 1586.
Com
a perda, a 4 de Agosto de 1589, do galeão
São Giraldo, provindo de Malaca e sossobrado dentro das fortalezas,
inícia-se o período Linschoten. É ele
também que, vítima de naufrágio, nos relata na sua Histoire de la Navigation o afundamento , a 20 de Outubro do mesmo
ano, da nau espanhola Nuestra Señora de
Guia, posta a pique por corsários
até ao topo do mastro real, com 200 000 ducados em ouro, prata e pérolas a
bordo. Relata também o naufrágio à entrada de Angra da nau espanhola Trinidad, vinda do México, um
acontecimento descrito também pelo Abbé Prévost, na sua Histoire des Voyages.
Em 1590 ocorrem outros três afundamentos com
naus espanholas, naufragando nomeadamente uma embarcação da Armada da Biscaia,
em Janeiro, nos rochedos à entrada de Angra.
O século XVII
Em
1605 chega a vez da nau do Capitão Manuel Barreto Rolim se perder nos mesmos
rochedos à entrada de Angra. No ano seguinte, a Carreira da Índia faz mais uma
contribuição para a história trágico-marítima açoriana com a perda da nau São Jacinto, provinda de Goa.
Trinta
e seis anos depois, no auge da guerra da Restauração, os espanhóis socorrem-se
dos víveres embarcados a bordo de uma pequena embarcação fundeada na baía de
Angra. Esta acaba por ser desviada pelos sitiados para junto das muralhas da
fortaleza de São Filipe. O temporal que posteriormente sobreveio acabou por,
juntamente com estragos a ela infligidos pela artilharia portuguesa, a fazer
sossobrar junto da encosta do Monte Brasil.
Segundo
Drummond e os seus Anais da Ilha Terceira,
naufraga a 12 de Fevereiro de 1649, uma frota 4 navios provindos do Brasil. Um
ano depois perde-se também a nau Santo
António, vinda de São Cristóvão, salvando-se toda a mercadoria. Em 1663, o
desastre sucedido com uma frota de 11 navios provindos do Brasil em, que sob a
tormenta nem um escapou, provoca a interdição real da arribada a Angra o que
leva ao declínio económico da ilha, que se vê assim afastada dos circuitos de
comércio atlântico em detrimento de ancoradouros mais seguros como, por
exemplo, o porto da Horta.
Em
1674, segundo o arquivo dos Affaires Etrangères, perde-se uma embarcação
holandesa de 50 canhões, também nos baixios de Angra. A 26 de Março 1690,
naufraga sobre a amarra uma nau destinada a Cabo Verde, carregada com sinos e
cal destinados à construção de uma igreja. Sete anos depois perde-se mais uma
frota, desta vez de quatro navios carregados de trigo. Finalmente, um ano
depois, sucede aquele que é o último naufrágio documentado do século XVII, o do
navio francês St. François, que
ocorre em Junho de 1698, que dá o mote para o início do século dos naufrágios franceses.
O século XVIII
A
10 de Dezembro de 1702, a fragata francesa Fla
Orbanne, naufraga nos baixios de Angra. Este acontecimento, registado nos
Affaires Etrangères, B1.652, Fº 64, deixou também algumas informações nos
livros de óbitos da freguesia da Sé, aquando da inumação dos náufragos dados à
costa da cidade.
Também
em Dezembro, mas de 1721, mais um navio francês, o Le Elisabeth, dá a sua contribuição para os cemitérios da ilha.
Finalmente, o mesmo volta a suceder com o naufrágio, em 1750, da fragata
francesa Andromade, provinda de São
Domingo. É de notar que, durante este século, o número de naufrágios
históricamente documentados sofre uma redução drástica o que estará ligado, sem
dúvida, à redução também ela drástica do número de escalas na ilha Terceira.
O século XIX
A 4
de Dezembro de 1811, naufraga no porto da cidade toda uma frota de sete navios.
No Arquivo Geral da Marinha, encontramos referências aos naufrágios, a 18 de
Fevereiro de 1832, do Iate Nerco e,
em 1841da escuna D. Clara. Também
nesse ano, uma tempestade ocorrida a 10 de Março, faz encalhar duas escunas
inglesas, a Mirthe no areal do Porto
Novo e a Louise na Prainha.
Curiosamente,
exactamente quatro anos depois, uma outra tempestade a 10 de Março faz encalhar
outra escuna inglesa, a Belle of Plymouth,
no areal do Porto Novo. A 1 de Março de 1856 a galera inglesa Europe, encalha na Prainha. Numa outra
tempestade, ocorrida a 19 de Janeiro de 1858, naufragam a escuna Palmira e o patacho Desengano. Quatro dias depois, já na fase final da fúria dos
elementos, sossobra também a escuna inglesa Daring.
A
25 e a 26 de Janeiro de 1861, os barcos da laranja continuam a vergar-se à
maldição da baía de Angra. Naufragam, de uma só assentada, a escuna Gipsy, encalhada na Prainha, o patacho Micaelense, de 111 toneladas, o patacho Adolin Sprague, de 211 toneladas, a
chalupa inglesa Water Witch, de 49
toneladas, a escuna inglesa Wave Queene,
de 75 toneladas e o lugre Destro Açoriano,
de 224 toneladas. Dois anos depois,dava à costa a escuna Breeze, a 18 de Fevereiro. Em 1864, ocorriam dois naufrágios com
embarcações inglesas, a escuna Gurden
Rebow, que dava também à costa e o brigue Washington a quem, a 12 de Outubro, sucedia o mesmo. Em 1865, eis
que surgia o primeiro navio a vapor a conhecer os fundos da baía, o inglês Runher, que encalhava no cais da cidade.
A
11 de Fevereiro de 1867 dava à costa a galera inglesa Ferozepore. A 4 de Agosto de 1872, surgia o primeiro navio alemão,
o patacho Telegraph. A 16 de
Fevereiro de 1878, o primeiro brasileiro, o vapor Lidador, encalhado no cais da Figueirinha. Devido à acção de mais
um ciclone, dava à costa em 1893, a embarcação Segredo dos Açores. Três anos depois, o vento Carpinteiro voltava a fazer das suas. A 13 de Outubro, naufragavam
o patacho Fernão de Magalhães, de 180
toneladas, o lugre Príncipe da Beira,
de 275 toneladas e o lugre Costa Pereira,
de 196 toneladas.
O século XX
Século XX - Baía de Angra (1913) |
Já
no século XX, surgem apenas os relatos dos naufrágios do iate Rio Lima no baixio do Portinho Novo, a
30 de Setembro de 1906 e do Lugre Maria
Manuela, a 28 de Abril de 1921, na ponta do Castelinho.
Ainda hoje lá estão... debaixo de uma camada insondável de areia.
Angra - Sítio arqueológico
Ao todo, são treze os sítios arqueológicos que compõe o Parque Arqueológico Subaquático de Angra do Heroísmo, doze deles relativos a embarcações naufragadas e uma zona de deposição de âncoras.
– O “Angra A” corresponde a um naufrágio localizado entre o cais da Figueirinha e a Prainha e depositado a cinco metros de profundidade com uma mancha de destroços visível ao longo de quarenta metros de extensão.
– O “Angra B” corresponde a um naufrágio onde é possível observar dois núcleos de destroços: o primeiro é composto por um aglomerado de pedras de lastro e algumas madeiras do casco do navio, como a quilha.
– O “Angra C” foi localizado sob uma espessa camada de um metro de sedimento, tendo sido transladado para uma zona da baia fora do alcance das obras da marina.
– O "Tumulus" de “Angra C e D” são peças integrantes dos dois navios foram registadas in situ e posteriormente retiradas, tendo sido criado no local um túmulo artificial para estas peças, que se encontram cobertas por sacos de areia para protecção.
– “O Angra D” reporta-se a um casco bem preservado, depositado sob uma espessa camada de pedras de lastro e sedimento arenoso, com um total 35 metros de comprimento, provavelmente de origem hispânica.
– O “Angra E” tem três núcleos visíveis de madeiras, tendo sido recuperado deste local um caldeirão em bronze, um cabo de faca em osso e alguns fragmentos cerâmicos.
– O “Angra F” está junto ao naufrágio do Lidador, a cerca de 8 metros de profundidade e é composto por uma extensão de pedras de lastro de mais de 30 metros.
– o “Angra G” foi o último núcleo arqueológico a ser descoberto na baía de Angra, composto por duas grandes âncoras, madeiras e artefactos diversos, apontando para um naufrágios da carreira da Índia (séc. XVI-XVII.
– O “Lidador”, encalhado paralelamente ao Cais da Figueirinha, pertence a um dos dois locais visitáveis do Parque Arqueológico, representando um dos últimos naufrágios a ocorrer na Baía de Angra.
– O “Run'her”, navio inglês, foi encontrado sob o casco do navio “Angra D”, estando disperso as suas peças.
– No “Cemitério das Âncoras”, o segundo local visitável, estão depositadas entre a cota dos -15 a -35 metros de profundidade um vasto conjunto de âncoras que estende-se por uma área de cerca de 500 metros ao longo do Monte Brasil.
– “Canhões”: estes são igualmente os bens mais encontrados na Baía.
– “Vestígios Dispersos”: um pouco por toda a baía de Angra são encontrados vestígios arqueológicos, oriundos dos muitos navios que ali escalaram ou se perderam
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Parque Arqueológico Subaquático de Angra do Heroísmo
O Lidador |
1)O naufrágio do vapor
Lidador
Em 1878, naufraga na Baía de Angra do Heroísmo, o
vapor brasileiro Lidador, aqui representado numa reconstituição feita
por Valdemar Reis a partir de uma gravura da época. Hoje, o que resta do casco
e das máquinas é conhecido pelos mergulhadores locais como o Barco do Sal.
Os
anos de 1877 e 1878 foram marcados por dois naufrágios relacionados com a
navegação açoreana. Com efeito, a 14 de Maio de 1887, o vapor Atlântico da Empresa Insulana de
Navegação abalroa o cruzador Vasco da
Gama e afunda-se de imediato. Este vapor misto de dois mastros e de 1302
toneladas de arqueação fora construído na Escócia em 1866 e durante cinco anos
ligara regularmente o arquipélago dos Açores e o continente.
A emigração
açoreana para o Brasil
Noutro
âmbito e noutra carreira se insere o naufrágio do Lidador. Com efeito, desde 1617 que a colonização do estado
autónomo do Maranhão, Pará e Ceará se tinha iniciado com a ida de centenas de
casais açoreanos.
Mais
tarde, a partir de 1670, a própria Coroa promove a emigração de açoreanos para
o sul do Brasil, nomeadamente para Santa Catarina, Nossa Senhora do Desterro,
Porto Alegre e São Pedro do Rio Grande. Esta emigração era fundamentalmente
ditada pela necessidade que Portugal sentia em ocupar efectivamente um
território cobiçado pelas grandes potências europeias da altura, entre as quais
se incluía a Espanha.
As
ilhas de São Miguel, da Terceira, da Graciosa, São Jorge e Pico eram a fonte
principal desta autêntica hemorragia em capital humano. Esta emigração,
caracterizada pela procura de zonas insulares e lacustres e pela implantação de
zonas urbanas viradas para o interior, prolongou-se até ao século XIX e exigiu,
naturalmente, um esforço por parte dos armadores marítimos de maneira a que se
pudessem organizar carreiras regulares entre o Brasil e os Açores.
O Lidador e a carreira do Brasil
No
final de Janeiro de 1878 chegava ao porto do Faial o vapor brasileiro de dois
mastros de nome Lidador, pertencente
à Empresa Transatlântica de Navegação. Tipicamente característico de uma época
de transição, dividido entre a motorização a vapor e o recurso ao velame, este
navio era propulsionado por uma única turbina e um único hélice.
Após
o embarque dos emigrantes e dos passageiros faialenses que tinham o Brasil como
seu destino final, o vapor rumou à Terceira naquela que seria a sua última
escala. Ao chegar à vista da cidade de Angra, o navio ancorou por fora das
fortalezas - ou seja, para o exterior do alinhamento formado pela Ponta de
Santo António, no Monte Brasil, e pelo Forte de São Sebastião.
No
porto encontravam-se já outros três barcos, todos à vela e todas de madeira: o
patacho Angrense, o patacho inglês Jane Wheaton e o lugre, também inglês, Zebrina. As lanchas do porto
imediatamente se dirigiram ao Lidador
e depressa se iniciou o embarque dos emigrantes e das respectivas bagagens. Ao
anoitecer do dia 6 de Fevereiro, com as operações de embarque ainda a metade
realizadas, o vento principiou a soprar com mais violência e a rondar para o
quadrante sul. Pouco mais tarde, o vento soprava de sueste e tornava-se no tão
temido vento Carpinteiro. Preso na
armadilha, ao Lidador restava apenas
recorrer àquilo que o tornava diferente dos barcos que anteriormente se tinham
deparado, nesta zona, com a mesma situação. Com efeito, a energia da máquina a
vapor possibilitava às embarcações dela dotadas o fugirem da costa de modo a
aguentarem, ao largo, o correr do mar. O perigo residia, não na tormenta, mas
sim na proximidade da costa.
O naufrágio
Na
ânsia de se escapar à tempestade, a equipagem do Lidador deixa descair a âncora e não a consegue, atempadamente,
recolher. Devido a este percalço, o navio gira em torno da amarração e acaba
por embater, a 7 de Fevereiro, no recife submerso que se prolonga pela ponta do
Forte de São Sebastião por mais de duzentos metros. Esta restinga, responsável
por inúmeras perdas de embarcações no passado, desfere um autêntico golpe fatal
ao navio. Com efeito, a colisão provoca um rombo no casco e a submersão da
máquina pela água do mar, o que apaga as caldeiras explodindo, quase de
imediato, a caldeira devido à sobrepressão do vapor. O navio fica à deriva e à
mercê do vento que o impele, inexoravelmente, em direcção a terra, fazendo-o
colidir com o Jane Wheaton e
quebrando-lhe o mastro do gurupés. Finalmente, acaba por encalhar paralelamente
ao cais da Figueirinha, a não mais de cinquenta metros de distância da costa.
Os
náufragos, em pânico, são evacuados pelos botes dos navios ancorados e pela
lancha da cidade, não sem experimentarem alguma dificuldade devido à agitação
do mar no interior da Baía. O mesmo não se passou, contudo, com a carga e as
bagagens dos passageiros e tripulantes. As divergências havidas entre o
representante da agência da Empresa Transatlântica de Navegação e o Consulado
Brasileiro deram azo a que nada se fizesse acerca do material que ainda se
encontrava por salvar e, assim, tudo o mar levou.
7.MAIO.1875 - Carta circulada do Brasil para São Miguel, a bordo do Lidador |
A
situação dos náufragos não era, também, a melhor. O prelado da diocese abriu
uma subscrição para ajudar as vitimas e o Visconde de Bettencourt acolheu na
sua casa oito homens e dezanove mulheres. Tal levou a que, mais uma vez, a
política viesse a terreiro. De facto, a guarida dada pelo Visconde a estes
náufragos caiu bem junto da população o que levou o Barão do Ramalho -
governador civil de Angra - a tomar-se de brios para com o Visconde e o seu
partido progressista e nada fazer em prol dos náufragos.
O barco do sal
Hoje
em dia, o Lidador ainda se revela
imponente por sob as águas da Baía. Com efeito, o que resta do seu casco
prolonga-se por cerca de oitenta metros numa direcção noroeste-sudoeste, com a
proa apontada à Prainha. Ainda bem visível, a sua engrenagem revela a turbina e
o veio do hélice, ao qual se unem as bóias de amarração do Clube Náutico.
Situado,
em média, entre a batimétrica dos -5 metros e a batimétrica dos -9 metros, o Lidador é facilmente acessível ao
mergulho em apneia e tornou-se bem conhecido de quantos já alguma vez
praticaram mergulho amador na Baía tendo sido apelidado, por razões obscuras,
de Barco do Sal.
Com
parte do casco ainda em bom estado, o Lidador
constitui um bom testemunho da navegação do século passado e proporciona um
vivo testemunho daquele que foi um dos últimos naufrágios a ocorrer na Baía de
Angra.
Autor do texto: Paulo Monteiro
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