Esta é uma singela homenagem do NFAH ao amigo que sempre teve para connosco, ao longo dos últimos quinze anos, uma palavra de apreço e disponibilidade contínua. Com a sua ajuda conseguimos concretizar muitos dos objetivos da nossa missão na divulgação da História e Cultura Açoriana através do colecionismo.
O nosso mais profundo e encarecido agradecimento público.
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2025-10-09 - Selo Personalizado |
Grande homenagem ao Dr. Raul Moreira, Presidente da Fundação Portuguesa das Comunicações, que deixou há pouco tempo a Direção de Filatelia dos CTT, por limite de idade. Os Correios de Portugal nomearam-no Diretor Emérito. Para esta homenagem criaram um selo personalizado com edição limitada para os presentes na cerimónia, uma peça filatélica para recordar um Grande Senhor e o seu trabalho ao serviço da filatelia e dos CTT - Correios de Portugal. Obrigado, Dr. Raul Moreira!
Fonte: O Filatelista (Mário Paiva)
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Manuel Luar é o pseudónimo de alguém que nasceu em Lisboa, a 31 de agosto de 1955, tendo concluído a Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, no ISCTE, em 1976.
Foi Professor Auxiliar Convidado do ISCTE em Métodos Quantitativos de Gestão, entre 1977 e 2006. Colaborou em Mestrados, Pós-Graduações e Programas de Doutoramento no ISCTE e no IST.
É diretor de Edições (livros) e de Emissões (selos) dos CTT, desde 1991.
Administrador executivo da Fundação Portuguesa das Comunicações em representação do Instituidor CTT e foi Chairman da Associação Mundial para o Desenvolvimento da Filatelia (ONU) desde 2006 e até 2012.
A gastronomia e cozinha tradicional portuguesa são um dos seus interesses.

Editou centenas de selos postais sobre a Gastronomia de Portugal e ainda 11 livros bilingues escritos pelos maiores especialistas nesses assuntos.
Actualmente é o Director do Departamento de Filatelia dos Correios de Portugal.
São mais de 2000 páginas e de 57 000 volumes vendidos, onde se divulgou por todo o mundo a arte da Gastronomia Portuguesa.
Publica crónicas de crítica gastronómica e comentários relativos a estes temas no "Gerador".
Para ler e saborear as suas crónicas clique no link abaixo.
Link -> Não dê sopa na sopa
O "Gerador" é uma plataforma de acção e comunicação para a cultura portuguesa que acredita que a identidade de um país é a federação de todas as suas culturas pessoais.
Fez parte do corpo de júri da AHRESP – Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal – para selecionar os Prémios do Ano e colabora ativamente com a Federação das Confrarias Gastronómicas de Portugal para a organização do Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa, desde a sua criação.
É Comendador da Ordem de Mérito da República Italiana.
Em 2020 os Correios de Portugal fizeram 500 anos. Para comemorar esta efeméride emitiu-se o 1º bloco filatélico do mundo com uma inserção em grafeno, permitindo gravar digitalmente um poema de Miguel Torga sobre a “ Esperança”.
Esperança
Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...
Peco
Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio de um vinho herético e sagrado.
(Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório')
A emissão chama-se “É tempo de Esperança” e o design foi do mestre João Machado.
Parabéns aos Correios de Portugal. Sempre a INOVAR.
Não percamos a ESPERANÇA.
No dia do seu aniversário ( 70 anos)
Este título é um plágio descarado de Alexandre O’Neill que, noutro enquadramento da sua vida, escreveu o belo poema homónimo que terminava assim:
“Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser, que já é, o teu desaparecimento
digo-te adeus e como um adolescente tropeço de ternura
por ti.”
E Alexandre nunca mais a esqueceu. A musa inspiradora tem nome: Nora Mitrani, a bela francesa que o deixou louco de amores quando jovem, tendo a família impedido que ele a seguisse para Paris.
Este “Adeus” a que hoje me refiro tem a ver com a inevitável data a partir da qual o funcionário inscrito na Caixa Geral de Aposentações é convidado a retirar-se da vida ativa.
Faço hoje 70 anos de idade, e com eles chega a aposentação compulsiva, segundo a qual (parafraseando Vitorino Nemésio durante a sua última e notável lição) “a lei nos tira o exercício das funções como trabalhadores, mas não como pessoas. A pessoa, a mulher ou o homem, exercem enquanto forem vivos”.
“Exerci” como trabalhador durante 48 anos, 44 dos quais aqui nos Correios.
E, como continuo vivo e a mexer, estou convencido que continuarei a “exercer” por mais algum tempo.
Ainda não é altura de fazer exames de consciência ou de refletir sobre o que foram estes quase 50 anos de trabalho, acumulados entre a Universidade e os CTT, e agora igualmente na Fundação Portuguesa das Comunicações.
Uma coisa vos posso dizer: em todos os locais onde trabalhei saía de manhã de minha casa para entrar outra vez “em casa”, numa morada diferente.
E, talvez por isso, muito me diverti em (quase) todos os dias desta longa aventura… A perceção lúdica da alegria , do “gozo” que as minhas funções me proporcionaram, existiu porque sempre valorizei aquilo que de positivo teve a minha vida, esquecendo rapidamente as facetas menos favoráveis.
Grandes e boas amizades são o que mais relevo nestas cinco décadas. Ter podido ser útil e ter ajudado na consolidação do prestígio da nossa atividade é aquilo que mais me enche o peito.
Todavia, e apesar do escandaloso otimismo com que encaro a vida, mentiria se não reconhecesse que sinto hoje o tal “tropeço de ternura por ti”, a que se refere o amigo O’Neill, acompanhando uma ou outra lágrima furtiva (à moda de Donizetti) que recordarei amanhã, a rir de mim próprio.
Texto do aniversariante in FB
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