quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Escutismo Açoriano


A Região dos Açores abrange nove ilhas a meio do Atlântico distribuídas por três grupos: oriental (Santa Maria, São Miguel), central (Faial, Graciosa, Pico, São Jorge, Terceira) e ocidental (Flores, Corvo).


Faz parte, conjuntamente com a Madeira, das Regiões Autónomas consagradas em 1976 pela Constituição Portuguesa.
É uma região caracterizada por clima ameno – sem excessos de frio ou calor –, dotada de paisagens fascinantes, vocacionadas para o repouso, a tranquilidade e a evasão citadina. Uma das suas maiores riquezas reside na indústria turística direccionada para as valências ambientais, dispondo para isso de uma rede de percursos pedestres, onde pautam uma valiosa biodiversidade e as manifestações de vulcanismo. Outrora palco da caça à baleia, hoje em dia os Açores possibilitam programas de observação e estudo destes cetáceos, o que permitiu que a sua população crescesse significativamente nas últimas décadas.
Uma das mais-valias dos Açores consiste na diversidade das suas ilhas, que vão desde a existência de belas lagoas (São Miguel), ao valioso património histórico e urbanístico (Terceira), ao ponto de encontro da vela internacional (Faial), aos turismos rurais de sonho (Pico), até a paraísos perdidos (Flores e Corvo).














NÚCLEOS
  • 7 (Faial, Graciosa, Pico, Santa Maria, São Jorge, São Miguel, Terceira)
Início do Escutismo
  • 1925
Centros e Campos Escutistas 
  • Centro de Formação Escutista do Belo Jardim - Praia da Vitória, Ilha Terceira
Atividades Regionais
  • Jamboree Açoriano
  • «Mar que nos une» - Actividade Marítima 
  • ACARAL - Lobitos
  • EXPLORAÇORES - Exploradores 
  • PR`ANIMAR - Pioneiros 
  • Indaba
  • ROVER Caminheiros
  • Cenáculo Regional


ESCOTEIRO ou ESCUTEIRO?


O Escotismo foi fundado em 1907 por  Baden-Powell. É um movimento juvenil mundial, educacional, voluntariado, apartidário e sem fins lucrativos. A sua proposta é o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de valores que prioriza a honra, baseado na Promessa (ou Compromisso de Honra) e na Lei escoteira (ou Lei do Escoteiro), e através da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, fazendo com que o jovem assuma seu próprio crescimento, tornando-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina.

Por vezes alguns leitores indicam que está mal escrito ESCOTEIRO que deve ser escrito com U.


A verdade é que em Portugal usa-se a grafia escutismo para definir o escutismo católico, distinguindo-se desde logo, as 2 associações portuguesas – AEP –Associação de Escoteiros de Portugal – a primeira Associação fundada com O e o  CNE- Corpo Nacional de Escutas com U. Deveria ser com O pois a palavra já existia…mas há sempre divisões, apesar dos movimentos caminharem para a mesma finalidade. Pode ser que ainda possa acontecer uma união sem obrigação de credos…

A AEP – Escoteiros com O

Segundo a história da AEP- Em 1911, o Tenente Álvaro Machado fundou em Macau o primeiro Grupo de Escoteiros em terras portuguesas. No ano seguinte, Lisboa viu também surgir o primeiro Grupo de Escoteiros do continente português.

Os três primeiros Grupos de Escoteiros de Lisboa fundaram, em 6 de Setembro de 1913, a Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP).
Desde a sua fundação, alheia a credos religiosos e partidarismos políticos, a AEP conseguiu a admiração e o respeito dos portugueses e dos primeiros governos da República.

Com a presença de vários escoteiros no 1º Jamboree Mundial, realizado no ano de 1920, em Londres, a AEP inicia as suas representações oficiais e participa em muitos eventos internacionais do Escotismo, tendo tido a grata missão de receber Baden-Powell, o fundador do Escotismo, aquando das suas visitas a Portugal em 1929 e 1934.

A partir de 1936 e até ao 25 de Abril de 1974, a AEP sobreviveu com grandes dificuldades, sendo considerada indesejável pelo governo e alvo de perseguições e pressões. Pretendia-se com a extinção da AEP o reforço da Mocidade Portuguesa, movimento obrigatório e que nada tinha a ver com o método, os princípios e as finalidades do Escotismo.

CNE- Escuteiros com U

Segundo a sua história no seu site- O Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português – nasceu em Braga a 27 de Maio de 1923. Foram seus fundadores o Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e Dr. Avelino Gonçalves, que em Roma mantiveram os primeiros contactos com o Movimento, quando ali assistiram, em 1922, a um desfile de 20.000 Escutas, por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional que esse ano se realizou na Cidade Eterna. 


Depois de bem documentados regressaram a Braga e rodearam-se de um grupo de 11 bracarenses corajosos e valentes que, a 24 de Maio de 1923, faziam a sua primeira reunião, no prédio n.° 20 da Praça do Município, para estudarem a possibilidade e oportunidade da criação de um grupo de Scouts Católicos em Portugal: Assim nasceu o Corpo de Scouts Católicos Portugueses, cujos estatutos foram aprovados a 27 de Maio desse mesmo ano pelo governador civil de Braga, e confirmados em 26 de Novembro pela portaria n.° 3824 do Ministério do Interior e Direcção Geral de Segurança, começando a partir desse dia a existir oficialmente, com legalidade e personalidade jurídica.



A 26 de Maio de 1924 é publicado o Decreto-lein.° 9729, que confirma a aprovação dos estatutos e alarga a todo o território Português o âmbito da Associação. Em Janeiro de 1925, reuniu em Braga, pela primeira vez a Junta Nacional com: D. Manuel Vieira de Matos, Director Geral; D. José Maria de Queirós e Lencastre, Comissário Nacional; Dr. Avelino Gonçalves, Inspector-Mór; Cap. Graciliano Reis S. Marques, 1.° Vogal e Álvaro Benjamim Coutinho, 2.° Vogal.




Sem comentários:

Enviar um comentário