quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Macau (O fim 1999)


Retrospectiva


história de Macau tem pelo menos 600 anos. Ela é muito rica e diversificada porque Macau, desde a chegada dos portugueses no século XVI, foi sempre uma importante porta de acesso para a entrada da civilização ocidental na China, contactando com a civilização chinesa, e vice-versa. Este pequeno território proporcionou uma importante plataforma para o intercâmbio de culturas ocidentais e orientais, que moldou uma identidade própria para Macau.

Largo do Senado

Macau já era povoada por pescadores e camponeses chineses quando os portugueses estabeleceram-se em 1557 nesta localidade. Eles, ocupando gradualmente Macau, rapidamente trouxeram prosperidade a este pequeno pedaço de terra que se localiza junto à foz do Rio das Pérolas, tornando-a numa grande cidade comercial. Macau é considerado o primeiro entreposto europeu em solo chinês e tinha um grande valor, principalmente ao nível comercial e estratégico, para os portugueses porque era um importante intermediário no comércio entre a China, a Europa e o Japão.

Modos de Vida - Tancareiros

Mesmo atacado várias vezes por outras potências europeias, nomeadamente pelos holandeses, esta cidade chegou a um maior desenvolvimento durante os finais do século XVI e os inícios do século XVII. Durante o século XIX, porém, Macau começou a entrar rapidamente em declínio por causa do estabelecimento de Hong-Kong pelos ingleses.

75 anos da Ligação de Lisboa/Macau

Esta nova colónia britânica cedo tornou-se no porto ocidental mais importante da China. Mesmo assim, Macau, em 1865, construiu o primeiro farol do mar do Sul da China, o Farol da Guia. Só em 1987 é que a China reconheceu oficialmente a soberania e a ocupação perpétua portuguesa sobre Macau, através do Tratado de Amizade e Comércio Sino-Português.

Modos de Vida - Vendilhões




Em 1901, o Governo de Macau, querendo criar a sua própria moeda oficial, autorizou o Banco Nacional Ultramarino (BNU) a emitir notas com a denominação de patacas. As primeiras notas impressas começaram a entrar em circulação em 1906 e 1907. A partir de 1995, o Banco da China passou também a ser responsável pela emissão de notas.

Papagaios de papel

Esta colónia portuguesa não foi invadida pelas tropas japonesas, evitando assim os grandes horrores da Segunda Guerra Mundial. Após a implantação da República Popular da China (1949), esta cidade experimentou alguns incidentes e motins provocados pelos chineses residentes pró-comunistas que queriam reunir Macau à China. Estes incidentes, principalmente o Motim 1-2-3 levantado pelos residentes chineses pró-comunistas de Macau no dia 3 de Dezembro de 1966, forçou Portugal a renunciar a sua ocupação perpétua sobre Macau.

Macau visto por ... George Chinnery


Em 1987, após intensas negociações entre Portugal e a República Popular da China e através da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau, os dois países concordaram que Macau iria passar de novo à soberania chinesa no dia 20 de Dezembro de 1999, tornando-se numa Região Administrativa Especial.

Ciclo Lunar

Macau, além de ser o primeiro entreposto europeu na China, foi também a última colónia europeia na China.

Serpentes da Região


Peixes da Região





A DEUSA MA-CHOU


Segundo a lenda, 20 de Dezembro terá sido o dia do nascimento da Deusa MA-CHOU
Diz-se que o templo de A-Ma terá sido a primeira visão dos portugueses ao aportarem em Macau, tendo assim inspirado o nome do território. Começou como Amagao, ou seja a baía de A-Ma, e, ao longo dos anos, evoluiu até se chamar Macau. A-Má é também conhecida como Neang- Ma, Ma-Chou-Po (deusa da barra), Tien Fei (concubina do céu ou de Deus) ou ainda Tin Hau (rainha ou esposa do céu). É a protectora dos navegantes, contra ondas e tempestades, pela vida dos pescadores e de outros que cortam intrepidamente as águas. A crença popular conta a lenda que fez nascer o templo.

Um dia, uma rapariga de Fujian quis embarcar num dos barcos que partiam para o sul. Mas esperava a caridade dos barqueiros, já que não tinha como pagar a viagem. Pois todos lhe recusaram o pedido, menos o mais pobre dos juncos que teve pena dela. No caminho, rebentou uma tempestade e todos os barcos se afundaram, menos aquele que acedera levar a menina. Foi a ela que o levou, pegando corajosamente no leme e encaminhando a embarcação até terra segura. O porto interior de Macau. Ao desembarcar, subiu a um rochedo e nunca mais foi vista. Os barqueiros que tudo viram acharam que se tratava da deusa Neang Ma, e ali erigiram um templo em honra à deusa.

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