quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Faróis Açorianos

 


*** DIA DO FAROLEIRO ***

A 1 de fevereiro de 1758 foi institucionalizada a profissão de Faroleiro.
A profissão de Faroleiro é muito mais antiga, mas foi com este Alvará Pombalino que ficou oficializada esta profissão.

O ofício criado através do alvará pombalino de 1758. Até meados do século XIX, os faróis eram guarnecidos por um ou dois faroleiros no máximo, no entanto, a complexidade do serviço e a instalação de novos equipamentos, sobretudo no fim da centúria, tais como os aparelhos óticos e os sinais sonoros, obrigaram a aumentar a sua lotação e a exigir formação especializada. Nesse sentido, foi criada a Escola de Faroleiros em Leça da Palmeira, em 1927, atualmente instalada na Direção de Faróis. A guarnição do farol era responsável por um conjunto alargado de tarefas multidisciplinares, garantindo a manutenção e conservação das infraestruturas, de todo o equipamento técnico, bem como dos farolins existentes na área circundante ao farol. Acrescia ainda a vigilância marítima, o socorro náutico e a realização de observações meteorológicas na sequência da instalação de unidades de meteorologia costeira nos faróis a partir de 1880.


*** FARÓIS AÇORIANOS ***

Um farol é uma estrutura elevada, habitualmente uma torre, dotada de um potente aparelho ótico dotado de fonte de potentes lâmpadas e espelhos refletores, cujo facho de luz é visível a longas distâncias.



O termo farol deriva da palavra grega Faros, nome da ilha próxima à cidade de Alexandria onde, no ano 280 a.C., foi erigido o farol de Alexandria — uma das sete maravilhas do mundo antigo. Faros deu origem a esta denominação em várias línguas românicas; como em francês (phare), em espanhol e em italiano (faro) e em romeno (far).





~ Tipos de Faróis

Faróis Marítimos – destinados exclusivamente à navegação marítima, têm um feixe luminoso com uma pequena abertura angular vertical;

Faróis Aeromarítimos – destinado à navegação marítima e aérea sendo o seu feixe de grande abertura angular e vertical;

Barcos Faróis – fundeados em locais onde não é possível a instalação normal de um farol.





~ Altura e Altitude
Altura – é a diferença entre a base e o topo do edificio (A) Altura e Altitude
Altitude – é a diferença de nível entre o plano focal e o nível médio das águas (H)




O alcance da luz dos faróis varia de acordo com vários factores, tais como a potencia do aparelho óptico, localização do observador, etc, pelo que é expresso de três formas diferentes:
Alcance geográfico – distância máxima a que a luz do farol pode ser visto, dada a curvatura da terra. Depende da altitude (distância entre o nível médio da maré e o centro do foco) do farol e da altitude do observador em relação ao nível mar;

Alcance luminoso – distância máxima que a luz pode ser vista em função da potência da luz do aparelho, da transparência atmosférica e da capacidade óptica do observador;



Alcance nominal – é o alcance “oficial” do farol, aquele que vem indicado nas cartas
de navegação do Instituto Hidrográfico, Lista de Faróis e outras publicações oficiais (Expresso em milhas – M ). É o alcance luminoso de um farol verificado num determinado momento de homogeneidade atmosférica e com visibilidade média de 10 milhas.

Para o cálculo do alcance é fundamental ter conhecimento da altura (a distância entre a base e a luz) e a altitude (a diferença entre o nível médio do mar e o plano focal da luz).



~ Côr da Luz
Branca (br) – A luz branca é usada, de uma maneira geral, em quase todos os faróis;

Vermelha (vm) – A luz vermelha é usada nas entradas das barras, bóias em canais e rios, entradas de docas e de portos, tendo as embarcações de dar o seu Bombordo (BB) à bóia ou farol, á entrada;

Verde (vd) – A luz verde é usada nas entradas das barras, bóias em canais e rios, entradas de docas e de portos, tendo as embarcações de dar o seu Estibordo (EB) à bóia ou farol, á entrada;




~ Tipo de luz

Ocultações (Oc) - A duração total da emissão luminosa em cada período é maior do que a duração total da obscuridade e os intervalos de obscuridade (ocultações) têm habitualmente a mesma duração.

Isofásica (Iso) - A duração da emissão luminosa e a duração da obscuridade são iguais.

Relâmpagos (Rl) - A duração total da emissão luminosa em cada período é menor que a duração total da obscuridade e as aparições de luz (relâmpagos) têm habitualmente a mesma duração.

Cintilante (Q) - Os relâmpagos (cintilações) repetem-se com uma frequência compreendida entre 50 e 79 relâmpagos por minuto.

Alternada (Al) - Alteração de cor no mesmo azimute.

Fonte para o texto: Poseidon
Fonte para o farol de Alexandria: Wikipédia
Selos sobre faróis de Portugal: Coleção particular

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