D. João IV (1640-1656)


D. João IV
O Restaurador
Reinou de 1640 a 1656

D. João IV de Portugal e II de Bragança (Vila Viçosa, 19 de Março de 16046 de Novembro de 1656) foi o vigésimo primeiro Rei de Portugal, e o primeiro da quarta dinastia, fundador da dinastia de Bragança.



Em 1642, dois anos após a restauração da Independência de Portugal, D. João IV mandava bater o seu primeiro Tostão.


Esforço de Guerra
Álvará de 26 de Fevereiro de 1643
D. João IV
(Esforço de 25%)

Eu, El-Rei, faço saber aos que este meu alvará virem, que, havendo respeito ao grande damno que seguia a meus Reinos e Vasallos de se levarem delles as patacas e meias patacas, pela utilidade que se recebia na qualidade e bondade de prata - e considerando o meio com que se podia atalhar:

Hispano-Americana
Carimbos 480 e 600 réis
Houve por bem de resolver que os ditos reales se cunhem com esta marca (logar da marca) e que valha cada pataca 480 réis e cada meio a esse respeito, que é o valor extrinseco, que ha de ter cada uma.

E que depois de cunhadas se responda a seus donos, por cada uma 400 réis, e a 200 réis pór cada meia - e que os mais crescimentos, que vem a ser a 20 por cento, fiquem para minha Fazenda, e para os gastos do mesmo cunho.

1/2Cruzado D. João IV
Porto. Carimbo 250 réis

E para que esse effeito haja neste Reino tres Casas, demais da desta cidade, em que os ditos reales se cunhem - a saber, na Cidade do Porto, na Cidade de Evora, e na do Faro, no Reino do Algarve, e fóra delle, nas Conquistas, nas Cidades de Salvador, Bahia de Todos os Santos, e o Rio de Janeiro, do Estado do Brazil, e no Maranhão, Ilhas de S. Thomé, Cabo Verde, Terceira, S. Miguel, e da Madeira.


Cruzado D. João IV
Porto. Carimbo 500 réis
Pelo que mando a todas as pessoas dos ditos meus Reinos, de qualquer qualidade e condição que sejam, levem às ditas Casas da Moeda todas as patacas e meias patacas que tiverem, dentro de quatro mezes, que se começarão a contar do dia da publicação deste em diante, que o será, assim nesta Cidade, como em todas as mais Villas e Logares destes Reinos, e Conquistas, pera o que se enviarão os traslados authenticos deste meu Alvará, a que se dará tão inteiro cumprimento, como ao original:

D. João III. LXXX reais
Carimbo 100 réis

1/2 Cruzado D. João IV
Carimbo 250 réis


Com communicação que, sendo passado o dito termo de quatro mezes, todas as patacas e meia patacas que forem achadas sem o dito cunho, serão tomadas por perdidas às pessoas que as tiverem, e incorrerão nais mais penas que por minhas Leis são dadas a quem é achada moeda falsa.




D. Sebastião. 1/2 Tostão
Carimbo 60 réis

E este se registrará na Casa da Moeda desta cidade, no Livro aonde se registram os semelhantes, e valerá, como se fosse Carta feita em meu nome, e passada pela minha Chancellaria, posto que por ella não passe, sem embargo das Ordenações do livro 2º titulo 39 e 40 em contrario.


Paschoal de Azevedo o fez, em Lisboa, a 26 de Fevereiro de 1643. João Pereira de Bittancourt o fiz escrever. = REI.






Cruzado D. João IV
Carimbo 500 réis
Posto que no Alvará retro e supra escripto se declare que, depois de cunhadas as patacas, se responda a seus donos por cada uma a 400 réis, e a 200 por cada meia, e que os mais crescimentos, que vem a ser a 20 por cento, fiquem para minha Fazenda - declaro que, considerando o valor intrinseo de cada uma dellas, que  réis, dando se aos donos um cruzado, e quatro vinténs para minha Fazenda, vem a ser 25 por cento, e não a 20; que em substancia é o que contém o dito Alvará, o qual com esta Apostilha se cumprirá, tão inteiramente como nella se contém, sem duvida nem contradicção alguma.

Bartholomeu de Araujo o fez, em Lisboa, a 8 de março de 1643. = REI



1643 - D. João IV
Carimbo 640 réis (Brasil)







1648 - Moeda comemorativa (réplica) da Consagração de Portugal
 à Imaculada Conceição como Padroeira do Reino em 1646




 


 
(1934-10-03) - Carta circulada de Santarém para Óbidos

Identificação do Remetente

 
Emílio Infante da Camara era um apaixonado da Festa Brava. Nasceu em Santarém.

Por volta de 1938 esteve na Ilha Terceira onde conviveu com os "bravos locais". Era descendente de Francisco de Ornelas da Câmara que em 07-01-1641 desembarcou no Porto Martins (Terceira) com o mando de D. João IV para fazer render o Castelo de Angra.


 


FRANCISCO DE ORNELAS DA CÂMARA PAIM
 O CAPITÃO DA PRAIA
 FRANCISCO DE ORNELAS

               O seu nome completo era Francisco de Ornelas da Câmara Paim. Nascido na então vila da Praia em 12 de Outubro de 1606, viria a morrer, com cinquenta e oito anos incompletos, em 26 de Abril de 1664. Neto de Jerónimo Paim da Câmara – um dos quatro fidalgos que intervieram na aclamação de Filipe II, feita na câmara da Praia após a conquista da Terceira pelo marquês de Santa Cruz – descendia de Jácome de Bruges, o flamengo que foi o primeiro capitão do donatário da Terceira, e do genro deste, Duarte Paim, comendador de Santiago e de origem inglesa por o seu avô, Thomas Elim Paim, que viera para Portugal como secretário de D. Filipa de Lencastre.




 
 A RESTAURAÇÃO NA TERCEIRA

                Teria Francisco de Ornelas sido um dos conspiradores que tramaram o golpe de 1 de Dezembro de 1640? Estaria presente em alguma das sucessivas reuniões secretas havidas desde Outubro desse ano, feitas pela calada da noite e quase todas no palácio Almada – ou, como ultimamente se suspeitou, em uma casa de meninas que lhe ficava atrás do jardim? Alguns dizem que sim, mas não há a certeza de tal haver acontecido. Somente a estadia de Francisco de Ornelas em Lisboa, a sua comprovada presença no acto de aclamação do novo rei e a grande proximidade de certas datas indiciam uma participação activa no golpe restaurador e em seus antecedentes. Com cartas de D. João IV para o capitão-mor, para o corregedor e para o provedor da fazenda de Angra, Francisco de Ornelas partia de Lisboa logo a 21 de Dezembro e abordava a Terceira em 5 de Janeiro seguinte.



*** ENTREGA DAS CHAVES ***

Há 381 anos, a 6 de Março de 1642, saíram os castelhanos da fortaleza do Monte Brasil com armas e bagagens, desfilando em ordem pela frente da tropa açoriana, que se achava em armas para a continência devida ao valor e à lealdade dos vencidos. E, caso notável, bem revelador da nobre alma açoriana, em todos os rostos borbulhavam lágrimas ao ver o estado dos infelizes prisioneiros, que mal podiam andar.
Dos 500 homens recolhidos, saíram apenas 150, capazes de servir; pois, durante o assédio, excedeu 300 o número de mortos na fortaleza, pela fome, pela doença e pelo fogo da artilharia dos nossos.

Frei Manuel dos Santos subiu à guarita da parte da cidade e desfraldou o pavilhão português que ele próprio havia preparado com cuidado e sigilo. As chaves foram entregues ao capitão de Angra, João de Bettencourt Vasconcelos.
Durante o tempo que esperaram o embarque para Espanha, ficaram na cidade, sob a vigilância e guarda dos soldados terceirenses.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 90, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935



*** A PORTA DOS CARROS ***

Alfredo da Silva Sampaio na sua obra "MEMÓRIA SOBRE A ILHA TERCEIRA", de 1904, descreve detalhadamente o que aconteceu neste dia 6 de Março de 1642. A Porta dos Carros é exatamente aquela por onde saíram os Espanhóis do Castelo de São Filipe, hoje São João Batista, no Monte Brasil.
Para todos aqueles que queiram saber os detalhes aqui fica a informação.






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