quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Faustino da Fonseca (1871-1918)


FAUSTINO DA FONSECA



Há 102 anos (27-10-1918), morre, na cidade de Lisboa, o jornalista, dramaturgo, Faustino da Fonseca, Terceirense.

Faustino da Fonseca nasceu na cidade de Angra do Heroísmo, no dia 1 de abril de 1871, filho de Faustino da Fonseca e de Maria Amélia Freitas da Fonseca.

Filho e neto de liberais, soldados foram dos bravos que desembarcaram nas praias do Mindelo, foi ele, também, um grande defensor, pregoeiro e combatente dos princípios da Liberdade em que militaram seus maiores.

Depois de fundar e dirigir alguns jornais na cidade de sua pátria, se foi para Lisboa onde desenvolveu mais altos e dilatados voos.

Foi o diretor da Biblioteca de Lisboa, redator e diretor de «A Vanguarda», «O Século», «A Batalha», «O Mundo», «O País», etc.Escreveu para o teatro: «Pátria e Liberdade», «A Descoberta da Índia», «D. Inês de Castro»; e as obras seguintes: «Lira da Mocidade», seu primeiro livro, em verso, «Três Meses no Limoeiro», «A Descoberta do Brasil», «Pedro Alvares Cabral», «O Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia», «Beijos por Lágrimas», «Os Bravos do Mindelo», «Arraia Miúda», «A Padeira de Aljubarrota», «Alma Portuguesa», «Filhos de D. Inês de Castro» e outros.Foi um dos organizadores do movimento de 31 de Janeiro no Porto e preparou a revolução de 1910 que implantou a República em Portugal.Possuía um erudição vasta, diariamente manifestada nos seu artigos no jornalismo.
Sua esposa, Virgínia da Fonseca de Sousa Adão, natural de Angra, é considerada uma distinta pintora.

In Gervásio Lima, Breviário Açoreano, p. 325, Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade, 1935.




Bibliografia


  • 1892 — Lyra da Mocidade [primeiros versos] . Angra do Heroísmo, Tip. Artística;
  • 1896 — Três meses no Limoeiro. Lisboa, Liv. Bordalo (duas edições);
  • 1896 — Regresso ao Lar (romance com ilustrações de Roque Gameiro; folhetim em O Século);
  • 1896 — O descobrimento do caminho marítimo para a Índia. 1 vol.;
  • 1898 — O escândalo dos dramas do concurso do Centenário da Índia. Lisboa, Editora Agência Universal Publ.;
  • 1898 — A descoberta da Índia. Lisboa Ed. Companhia Nacional Ed.;---- — Alma Portuguesa;
  • 1900 — Pedro Alvares Cabral. 1 vol.;
  • 1900 — Descoberta do Brasil. Lisboa, Tip. da Companhia do Jornal «O Século»;
  • 1900 — Inês de Castro, 2 volumes. Lisboa, Biblioteca Popular, Emp. Ed. Publ. (há duas edições);
  • 1901 — ''Escravos (romance publicado como folhetim em A Folha do Povo);
  • 1901 — Padeira de Aljubarrota, romance historico (com ilustrações de Bemvindo Ceia). 2 vol.;
  • 1902 — As mulheres portuguêsas na Restauração de Portugal, romance historico (com ilustrações de Roque Gameiro), 3 vol.;
  • 1905 — Os filhos de Ignez de Castro, romance historico (em colaboração com Joaquim Leitão), 1 vol. Lisboa, Viúva Tavares Cardoso;
  • 1905 — Anedotas de Reis, Príncipes e Outras Personagens Portuguesas e Estrangeiras. Lisboa, Liv. Ed. Tavares Cardoso;
  • 1905 — El-rei D. Miguel (chronica popular do absolutismo). Lisboa, Ed. Guimarães e Companhia;
  • 1905 — Anedotas de reis, príncipes e outras personagens portuguesas e estrangeiras, extrahidas, traduzidas, compiladas e prefaciadas, 1 vol.;
  • 1906 — Os Bravos do Mindello. Lisboa, Liv. Ed. Tavares Cardoso (eBook);
  • 1906 — Beijos por lágrimas, romance histórico. Folhetim em A Lucta;
  • 1906 — Bons ditos de reis, principes e outras personagens portuguêsas e estrangeiras, extrahidas, traduzidas, compiladas e prefaciadas;
  • 1910 — História e Lenda de Inez de Castro. Lisboa, Ed. Guimarães e Companhia;
  • 1911 — Os martyres da revolta. Lisboa, Ed. Nazaré Chagas;
  • 1912 — Relatório do Director da Biblioteca Nacional de Lisboa (1911-1912) . Coimbra. Imprensa da Universidade.

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