sexta-feira, 12 de abril de 2024

Artur Goulart Melo Borges









Nos dias 19, 20 e 21 de julho, decorrerá em São Jorge, uma homenagem pública a Artur Goulart de Melo Borges, jorgense nascido na Vila de Velas, professor, músico, poeta, perito em investigação artística, arabista, arqueólogo, historiador de arte.

 

Artur Goulart Melo Borges completou o curso de Teologia no Seminário Maior de Angra e licenciou-se em Arqueologia no Pontifício Istituto di Archeologia Cristiana, em Roma, Itália, tendo também concluído o Corso di Cultura sull Arte Ravennate e Bizantine, da Universidade de Bolonha. Mais tarde, já em Évora, fez o Curso Superior Livre de Estudos Árabes, tendo ainda frequentado cursos e seminários em Estudos Hispano-Árabes, Museologia e História da Arte.

Entre 1962 e 1972 foi professor no Seminário de Angra e, de 1968 a 1973 foi chefe de redação do jornal A União. Trabalhou no Museu de Évora, primeiro como Técnico Superior e, de 1992 a 1999, como Diretor. Das suas inúmeras atividades destacam-se a inventariação do acervo artístico do Museu de Évora, bem como a investigação bibliográfica e o estudo de obras de arte e material arqueológico. Foi membro do secretariado científico da exposição «Triunfo do Barroco» da Europália 91, e também colaborador científico do Campo Arqueológico de Mértola e do Núcleo Visigótico do Museu de Beja.
Apresentou várias comunicações em congressos e colóquios sobre Estudos Árabes em Portugal, em especial sobre epigrafia.
Tem livros publicados dos quais salientamos “Açores e Alentejo no mesmo barco/ Crónicas e um texto pânico”.
Já este ano foi agraciado com o prémio (extraconcurso) SOS Azulejo.

Fonte: Casa dos Açores em Lisboa

Goulart, Artur (Borges, A. G. Melo)

 [N. Velas, ilha de S. Jorge, a 12.4.1937] Completou o curso de Teologia no Seminário de Angra e licenciou-se em Arqueologia no Pontifício Istituto di Archeologia Cristiana, em Roma, Itália, tendo também concluído o Corso di Cultura sull?Arte Ravennate e Bizantine, da Universidade de Bolonha. Mais tarde, já em Évora, fez o Curso Superior Livre de Estudos Árabes, tendo ainda frequentado cursos e seminários em Estudos Hispano-Árabes, Museologia e História da Arte.

Entre 1962 e 1972 foi Professor no Seminário de Angra e, de 1968 a 1973. Chefe de redacção do jornal A União. Trabalhou no Museu de Évora, primeiro como Técnico Superior e, de 1992 a 1999, como Director. Das suas inúmeras actividades destacam-se a inventariação do acervo artístico do Museu de Évora, bem como a investigação bibliográfica e o estudo de obras de arte e material arqueológico. Foi membro do secretariado científico da exposição «Triunfo do Barroco» da Europália 91, e também colaborador científico do Campo Arqueológico de Mértola e do Núcleo Visigótico do Museu de Beja.

É membro de diversas associações especializadas, nacionais e internacionais. Tem apresentado comunicações em diversos congressos sobre Estudos Árabes em Portugal, actualmente publicadas em revistas como Arqueologia MedievalEstudos OrientaisPortugal Islâmico e O Arqueólogo Português. Colabora em inúmeras iniciativas artísticas em Évora e tem também publicado na imprensa artigos relacionados com o património local. É autor do projecto museológico e responsável pela organização do Museu de Arte Sacra de Elvas de que é o actual Director. Desde Março de 2002 é coordenador do Inventário do Património Artístico Móvel da Arquidiocese de Évora. Foi ainda o Comissário da Exposição «Tesouros de Arte e Devoção», bem como coordenador e autor de diversos textos do respectivo catálogo.

Como poeta, encontra-se representado em todas as antologias de poesia açoriana. Foi durante o seu período de chefia da redacção do jornal A União, de Angra, que se publicou a página literária «Glacial», acontecimento marcante na cultura açoriana do final dos anos sessenta. Onésimo Teotónio Almeida

Bibl. (1998), «Epigrafia árabe no Gharb», In Portugal Islâmico. Os últimos sinais do Mediterrâneo. Lisboa, Museu Nacional de Arqueologia: 227-255. (1998), «Da Natureza Morta como Metáfora», In O Impulso Alegórico. Retratos, paisagens, naturezas mortas. Lisboa, Ordem dos Médicos: 303-309. (2000), Museu de Arte Sacra de ElvasCasa do Cabido. Elvas, Região de Turismo de S. Mamede. (2003), «Património Sacro Eborense. Inventário e Exposição», In Tesouros de Arte e Devoção. Évora: Fundação Eugénio de Almeida: 11-17.

 

 

Adenda
(…)
Exerceu o cargo de Diretor do Museu de Évora até 1999, data da sua aposentação.
De 2002 a 2014, foi coordenador do Inventário do Património Artístico Móvel da Arquidiocese de Évora e, nesse âmbito, foram publicados 18 volumes dos concelhos inventariados. Foi autor de diversos projetos museológicos, nomeadamente, do Museu de Arte Sacra de Elvas (2000) e do Núcleo da Igreja de São Francisco, de Évora (2016).
Tem colaborado em numerosos colóquios e revistas, em especial com o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, em cursos, conferências e seminários relacionados com o Património Religioso.
Foi agraciado com a medalha de Prata do Município, pela Assembleia Municipal de Velas (Açores), em novembro de 2010, ocasão em que apresentou o livro de poemas No Fio das Palavras.
A 29 de junho de 2012, recebeu a medalha de Mérito Municipal – Classe Prata, pela Câmara Municipal de Évora, e em janeiro de 2017, foi distinguido pelo Rotary Club de Évora, como Profissional do Ano pela atividade em prol da Cultura, em particular no Inventário do Património Artístico Religioso da Arquidiocese de Évora.
A Casa dos Açores promoveu, a 10 de dezembro de 2021, uma sessão de homenagem a Artur Goulart de Melo Borges, na qual foi lançado o livro Açores e Alentejo no mesmo barco. Crónicas e um Texto Pânico (ed. Companhia das Ilhas). Ranu Costa (2022).

Fonte: Direção Regional da Cultura (Açores


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    Açores e Alentejo no mesmo Barco

    Artur Goulart de Melo Borges

    Crónicas e um texto pânico

    Prefácio de Onésimo Teotónio Almeida

     

    Quase cinco dezenas  de crónicas, espalhadas por outros tantos anos, pedaços do tempo e da memória, parte da vida que a breve introdução ao livro tenta explicar:

    «Quarenta e um anos de Açores, um pouco mais de Alentejo.

    Nasci e cresci com o mar em volta. Ilhéu marcado para sempre no baloiço contínuo das marés, no basalto modelado dos vulcões, no limite imaginado de horizontes.

    Depois, na diáspora alentejana, tudo foi mudando, outras ondas apareceram, ora a frescura dos verdes e a explosão das flores silvestres, ora o braseiro do estio e as sombras apetecidas.

    E, todavia, levo tudo comigo no barco em que viajo, pois só de barco me revejo neste mar da vida.

    Dos ancoradouros da memória foram saindo os textos deste livro, outras tantas escalas previstas ou sonhadas das cartas de marear. Chegadas e partidas trazem-me o barco cheio de saudades que se tornam leves com a tripulação de tantos parentes e amigos.»

    Fecha o livro, um texto de homenagem ao amigo e poeta Carlos Faria, que muito fez pela arte e cultura nos Açores.

    Fonte: Companhia das Ilhas

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