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sexta-feira, 12 de abril de 2024

Moeda "MALUCO"




"MALUCO"

Moeda obsidional, fundida (*), para circular nos Açores. Esta moeda ficou conhecida por Maluco ou Badalada, dois nomes sugestivos que lembram a sua origem. Badaladas porque foram feitas dos sinos das igrejas (badalos) e daí deriva também o nome de Maluco, pois o povo ao ver arrear das igrejas e ermidas os seus sinos, só poderia, no mínimo, considerar uma medida não muito ajuizada, pois os sinos marcavam a vida das populações, desde regular o trabalho, como servir de meio de comunicação e até como devoção.

A 12 de Setembro de 1829 Teotónio de Ornelas
entrega sete arrobas de sinetes na Casa da Moeda,
no Castelo de São João Batista, para fundição da moeda.


A necessidade de afirmar D. Maria II, como a legítima rainha de Portugal, e a falta de moeda na época, levaram a Junta Governativa, instalada em Angra, a 12 de Abril de 1829, mandar recolher o que houvesse de prata velha, sinos pequenos, sinetas e outras peças de cobre e bronze, para obter moeda.


Selo postal
Fortaleza de São João Batista
em Angra do Heroísmo


Esta foi fundida (*) por Ordem de 7 de Maio de 1829, em dependência do Castelo de São João Batista, seguindo de perto o modelo da peça em ouro, cunhada no Rio de Janeiro, na regência do príncipe D. João.




Corria pelo valor de 80 réis, passando pouco tempo depois a circular por 100 réis, sendo hoje mais conhecida pela designação de «Maluco».

A RÉPLICA


A réplica da moeda "MALUCO"











Carimbo comemorativo



Bilhete-postal comemorativo.




        MOSTRA DA MOEDA "MALUCO"







FOTO-REPORTAGEM
DO EVENTO





António Couto, Presidente da Direção do NFAH
Dr. Francisco Maduro-Dias, Orador convidado
Dr. Álamo de Meneses, Presidente da CMAH
Sr. Rui Castro, Representante dos CTT


RTP AÇORES

LINK: --> *** VÍDEO ***




*** BOM GOSTO ***

O arquiteto José Castro Parreira foi o responsável pelo novo hotel em Angra do Heroísmo, na Rua de Jesus. Aquando as obras foi encontrada uma moeda "MALUCO".
O arquiteto teve uma inspiração divina, reproduzir, numa das paredes interiores, esta simbólica moeda que carrega em si uma das mais belas páginas da história portuguesa.
Com estes gestos de BOM GOSTO divulgam-se episódios relevantes da nossa história terceirense.





(*)

*** MOEDAS FUNDIDAS EM PORTUGAL ***

 

Em Portugal foram poucas as moedas obtidas por fundição:


A primeira foi o “Engenhoso” de D. Sebastião, em ouro, no ano de 1562. Foi um processo experimental destinado a impedir o cerceio do bordo da moeda.


No reinado de D. Pedro II como Regente do Reino, foram emitidas as séries em cobre (real e meio, 3, 5 e 10 reais) desde 1673 a 1677.


Na ilha Terceira, no reinado de D. Maria II, temos os “Malucos“ em bronze, fundidos no ano de 1829.

As moedas fundidas têm a superfície com aspeto poroso, o contorno dos desenhos e letras mais redondo e menos vincado que as obtidas por cunhagem a martelo ou por máquina.


Para este processo, dois moldes à base de areia, um com o anverso e outro com o reverso, são encostados frente a frente e o metal líquido é vazado por um orifício. Depois de arrefecer os moldes são separados e a moeda é limada no bordo para retirar os vestígios da entrada do metal.

As moedas geralmente apresentam pequenas bolhas como resultado da libertação de gases do metal a ferver, como se pode verificar junto ao 80 e por cima dos ramos.


Os desenhos feitos no molde em areia não são tão perfeitos como os dos cunhos da cunhagem manual ou mecânica.


Fonte: Fórum de Numismática


A MOEDA DE 80 RÉIS CUNHADA EM 1824 NO BRASIL





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