domingo, 29 de novembro de 2020

Alexandre Borges (Escritor)

 


ALEXANDRE BORGES

Alexandre Borges nasceu em Angra do Heroísmo e vive em Lisboa.

É escritor e argumentista, licenciado em Filosofia e formador de Argumento.

Escreveu para a televisão os documentários A Arte no Tempo da Sida, Um Homem Chamado Francisco Sá Carneiro, Ammaia – Em Busca do Tempo Perdido, as séries documentais Grandes Livros, Santos de Portugal, Voluntário e Nós Republicanos, entre outros, e integrou as equipas responsáveis por Zapping, Prós & Contras, Equador, CQC – Caia Quem Caia, Música Maestro ou 5 para a Meia-Noite.

Colaborou com o Rádio Clube Português,  O Inimigo Público e a revista Atlântico. Foi director do Cénico de Direito, encenador dos ACR Hipócritas, editor de cultura de A Capital e crítico de cinema do jornal i. 

É autor de Heartbreak Hotel (poesia), Todas as Viúvas de Lisboa (romance) e O Boato – Introdução ao Pessimismo (aforismos).


RESUMOS SOBRE OS SEUS LIVROS




Fiéis de outras religiões ou ateus, os Portugueses permanecem, em boa parte, filhos do Cristianismo. Portugal nasceu no contexto da Reconquista Cristã, com a ajuda de cruzados e templários. Teve por primeira bandeira uma cruz e por rei-fundador um homem que, por pouco, não foi considerado santo. No entanto, a história do Cristianismo no nosso país começa muito antes de Portugal e vai muito para lá da nação. Recua à Antiguidade e chega aos confins do mundo. Começa como desafio ao Império Romano e acaba seguida e perseguida na Índia ou no Japão.

O Cristianismo contribuiu, como muito poucos factores, para fazer Portugal; os Portugueses contribuíram, como muito poucos povos, para espalhar a fé cristã. Aqui estão dezasseis histórias extraordinárias de homens e mulheres que foram considerados santos e de acontecimentos que foram entendidos como milagres. 

Une-as terem acontecido em Portugal, ou no território que um dia seria Portugal, ou serem protagonizadas por portugueses. Não importa como aconteceram; importa como as pessoas acreditaram terem acontecido e como isso influenciou e determinou o devir. Este não é, portanto, bem um livro sobre santos e milagres. É um livro sobre o país que lhes rezou.



Todos conhecemos os pontos nevrálgicos da História de Portugal, um dos mais antigos estados-nação do mundo, casa paterna de um dos idiomas mais falados no planeta e paciente assaltado por recorrentes crises de auto-estima. Mas saberemos das zonas cinzentas? Das pequenas histórias? Dos episódios passados na sombra dos acontecimentos ditos históricos?

Ao longo de 15 histórias que encerram muitas outras dentro si, contamos a pequena História de Portugal, a versão menos conhecida dos factos, tal como foi vivida pelos reis portugueses, não esquecendo alguns daqueles que, tendo nascido em Portugal, reinaram longe do solo pátrio, ou outros que, não sendo formalmente reconhecidos como tal, foram para o povo, em determinadas circunstâncias e lugares, verdadeiramente reis.

Da ante-câmara espiritual e cultural do reino fundado por Afonso Henriques aos ecos que ainda ressoam nos nossos dias. Da intimidade torturada de soberanos confrontados com o destino às grandes vitórias nacionais. Este é um lado B possível da nossa História. E a História não é o que aconteceu. É a razão de estarmos aqui e agora, da forma como aqui e agora estamos.



Todos temos presente que Portugal tem uma História de grandes feitos, desproporcional à dimensão do país. Todos nos orgulhamos do sucesso que muitos Portugueses alcançam hoje pelo mundo. Mas talvez pensemos que essa grande História colectiva terminou num passado cada vez mais distante. E olhemos essas vitórias do presente como proezas individuais, que constituem a excepção à regra de um papel secundário a que o país se tem de conformar pelas condições geográficas e económicas de que dispõe.


A verdade, porém, é que, ao longo de 900 anos de vida, Portugal nunca deixou de vencer. E alcançou as vitórias mais impressionantes precisamente quando as condições lhe eram mais adversas. Estas são dez histórias extraordinárias de Portugal. Dez grandes vitórias alcançadas em inferioridade numérica, militar, desportiva ou económica. Dez episódios protagonizados por Portugueses de diferentes tempos, em diferentes lugares, movidos por diferentes razões, com o mesmo resultado: o triunfo. Contra todas as apostas.




Este livro inclui dez histórias de amor portuguesas. Algumas mais distantes no tempo e, por isso, sendo baseadas em dados históricos, podem envolver-se numa atmosfera de lenda.

No entanto, a maioria destas histórias são romances vividos no século XX e alguns permanecem até hoje. Seja pelas peripécias que envolvem várias destas paixões, seja pela relevância pública dos seus intervenientes, estas são algumas das grandes histórias de amor portuguesas.



  • «Não podia estar em maior desacordo com aquele seu texto intitulado “Crise”, em que dizia que o mundo dos criativos estava em decadência porque, depois de Deus, nunca mais tinha aparecido outra ideia tão boa.

  • Na verdade, muito depois, ainda inventaram o amor e a cerveja sem álcool.»




Ao assistir, à distância, a um funeral, um homem é assaltado por uma estranha sensação de déjà vu: já teria estado naquele mesmo cemitério, rodeado daquelas pessoas, a enterrar aquele mesmo homem?

Enquanto tenta perceber como ali chegou, reconstitui os últimos dias da sua vida, recordando a descoberta de três mulheres viúvas de um só homem, numa cidade cheia de fantasmas e gritos de alerta.

Todas as Viúvas de Lisboa
 é um romance sobre o acaso, a identidade, e o confronto com a certeza da morte.


Fonte: FNAC

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O Jardim Duque da Terceira



O Jardim Duque da Terceira








1906 - Passeio Duque da Terceira (Jardim)






1887/1987 - Medalha comemorativa do centenário



Jardim Duque da Terceira localiza-se no centro histórico da cidade e Concelho de Angra do Heroísmo. Considerado um dos mais belos jardins clássicos do arquipélago, constitui-se no Jardim Municipal.

Está implantado no terreno outrora ocupado pela cerca do antigo Convento de São Francisco, onde atualmente se encontra o Museu de Angra do Heroísmo, elevando-se em patamares ligados por um declive - com caminhos desenhados com pedras de basalto -, até ao Alto da Memória, onde se erguia o Castelo dos Moinhos.

A sua construção iniciou-se em 1882, sob a gestão do governador civil Afonso de Castro, tendo recebido o seu nome em homenagem a António José de Sousa Manoel de Menezes Severim de Noronha, Duque da Terceira.
 
Quase que um autêntico jardim botânico, destaca-se pela variedade de sua flora, que compreende uma coleção de plantas exóticas reunida desde a época dos Descobrimentos, combinando espécimes tropicais e subtropicais com outros de regiões temperadas. Entre eles assinalam-se:







Destaque-se que as plantas encontram-se quase todas etiquetadas.

O jardim conta ainda com espaço próprio para crianças, mesas com bancos para piqueniques, estufa (atualmente em obras), coreto e diversos fontanários e pequenos lagos, além de bebedouros e casas de banho públicas.



1905 - Entrada no Jardim
A Ribeira de Angra, também referida como Ribeira dos Moinhos tinha como função o abastecimento de água potável e de escoamento das águas servidas, o seu aproveitamento como força-motriz para os estabelecimentos manufatureiros fez com que, históricamente, tenha sido um dos elementos que permitiu o povoamento e o desenvolvimento do núcleo urbano, em termos económicos e sociais. Desativada na década de 1950, atualmente são visíveis apenas alguns de seus troços, estando em discussão a sua revitalização e aproveitamento turístico.















Foi Álvaro Martins Homem quem terá reconhecido as possibilidades de aproveitamento das águas profundas e abrigadas da baía de Angra como porto. Terão contribuído para essa decisão os cursos d'água abundantes, oferta complementada por outros, que se precipitavam sobre a baía vizinha a leste, que delas recebeu o nome - Baía das Águas.

Os primeiros habitantes de Angra fixaram-se no alto do Corpo Santo, sobranceiro ao porto. 

Paralelamente, Martins Homem deu início à levada da chamada "Ribeira dos Moinhos", em seu curso fazendo instalar doze moinhos, cujos rendimentos lhe pertenciam, conforme Carta-régia.


Alto da Memória
Desse modo, as águas que desciam da serra do Morião, passaram a ser captadas e desviadas para uma levada em declive suave que se desenvolvia em curva, num leito artificial de pedra lavrada. O curso d'água ganhava volume no alto de São João de Deus alargando-se no pântano que existiu nos terrenos onde hoje se abre a praça Velha. Na altura do atual Alto da Memória as suas águas alimentavam o primitivo Castelo dos Moinhos, primeira fortificação de Angra, erguida na passagem da década de 1460 para a de 1470. 




Jardim "Duque da Terceira"
(ao fundo o Convento de São Francisco)
A julgar pelos nomes das antigas ruas, ao longo da nova levada implantaram-se doze moinhos, algumas alcaçatarias para tratamento de couros e peles, e um pisão de linho ou mesmo de pastel. Essa informação é confirmada pelas Cartas-régias de 1474, que doaram a Capitania de Angra a João Vaz Corte Real e a Capitania da Praia a Martins Homem, estabelecendo uma compensação para este último por conta das moinhos que ali feito com "grandes despesas" e que teria que abandonar.

Nos séculos XV e XVI, a ecónomia da cidade era dinamizada pela produção de farinha, têxteis, mobiliário, construção e reparação naval. Dos doze moinhos existentes no século XVI, contavam-se em 1956, ano de sua desativação, quarenta e dois, muitos azenhas e os demais de rodízio.

Ao final do século XVI, na obra Saudades da Terra, o cronista Gaspar Frutuoso assim descreve o abastecimento de água em Angra:


 
"Afora a ribeira do Telhal, que corre pela parte do oriente, perto da freguesia da Conceição, pelo meio desta cidade corre outra grossa ribeira de água, a qual vem ter ao porto, com que se regam muitos jardins que nela há e moem doze moinhos dentro, na cidade, que são serventia de toda esta parte do sul, a qual ribeira procede de várias fontes, que estão quase uma légua da cidade contra uma grande serra [serra do Morião], e ao pé dela mesma nasce outra fonte [Nasce Água], de muito cópia água, com arca fechada, da qual por canos vem ter à cidade e se reparte por quatro principais chafarizes, afora outro que sai junto do cais, donde se provêem todos os navegantes e armadas; e além disso, se reparte por todos os mosteiros e algumas casas principais, com que fica a cidade muito fresca e abundante; de modo que são por todos doze chafarizes (...)."

Conduta de água
De acordo com a Fenix Angrense, do padre Manuel Luís Maldonado, os doze moinhos de Angra moíam 48 moios de trigo por semana (cerca de 39 toneladas de farinha), nomeando-os:
  1. Moinho da Janela - gerido por Sebastião Roiz (ou Rodrigues);
  2. Moinho da Cova - gerido por André Dias;
  3. Moinho do Picão - gerido por Manoel Fragoso;
  4. Moinho do Rego - gerido por António de Sousa;
  5. Moinho da Madeira - gerido por Francisco Ferreira;
  6. Moinho da Calçada - gerido por João da Costa;
  7. Moinho Novo - gerido por Manoel d'Almeida;
  8. Moinho de São João de Deus - gerido por Manoel d'Almeida;
  9. Moinho do Muro - gerido por Nicolau Machado;
  10. Moinho das Duas Portas - gerido por Manuel Fernandes Carvalhal;
  11. Moinho da Calçadinha - gerido por Manoel Raposo;
  12. Moinho da Fabia - gerido por Manoel Fernandes.
Parte das águas da ribeira de Angra foi desviada posteriormente para o Alto das Covas, descendo para a cidade por meio de "arquinhas" (arcos).

Em 1600, o chamado "Cano Real" garantiu que parte dessa água chegasse ao Castelo de São João Batista.



Tanque do Preto
Em 1956 o multisecular curso de água foi desviado para alimentar as duas centrais hidroelétricas construídas para fornecer energia eléctrica à cidade a Angra. Na ocasião os antigos moleiros ganharam motores elétricos e a ribeira acabou por vir a secar. O curso d'água nasce na Serra do Morião, sobranceiro ao outeiro. 

O seu enrocamento, em cantaria de pedra aparelhada, estendia-se do alto de São João de Deus até ao centro da cidade, desaguando na baía de Angra. Alimentava o antigo Matadouro, na altura da moagem na atual rua do Pisão. São visíveis trechos nas traseiras do antigo Convento de São Francisco, atual Museu de Angra, onde ainda se observam duas canalizações: uma superior, destinada à água potável (que atendia a diversos chafarizes); uma inferior, destinada às "àguas sujas". Acima do chamado "Tanque do Preto" (antigo reservatório de água do convento), embora a canalização tenha desaparecido, são visíveis as ruínas dos moinhos que as aproveitavam.


RIBEIRA DOS MOINHOS


O verdadeiro trajeto original da Ribeira dos Moinhos, que moldou o desenvolvimento da cidade de Angra do Heroísmo desde a época do povoamento, promete continuar a dar polémica. Depois de Paulo Barcelos, dos Montanheiros, ter defendido, num artigo publicado na revista "Atlântida", que esta ribeira nunca cruzou, de forma natural, a baixa angrense, Humberto Oliveira, autor de uma obra que se debruça sobre o tema, apresenta outros argumentos.


Humberto Oliveira disponibilizou a DI o capítulo sobre a "Ribeira e os seus moinhos", incluído na obra "Angra na visão de Linschoten". Nesse capítulo, pode-se ler que, desde a serra do Morião até ao terreiro de São João de Deus, o percurso da ribeira é o mesmo. Depois, o povoamento introduziu alterações.

 
"Quando chegaram os primeiros povoadores a este local, o curso da ribeira, a partir do Terreiro de São João de Deus, seguia pelas ruas Frei Estácio (vulgarmente conhecida por caminho fundo), Pereira, Miragaia, Marquês, Praça, onde formava um lago ou paul, a partir daqui, entre as ruas Direita e Santo Espírito,  pelo logradouro das habitações até ao mar", escreve.

O cenário muda com a obra do capitão donatário Álvaro Martins Homem. Este "desvia a ribeira para efetuar o seu aproveitamento, de modo a abastecer de água as populações, mover os moinhos e azenhas". Assim, a partir do Terreiro de São João de Deus, a ribeira é, segundo Humberto Oliveira, desviada e canalizada, seguindo pela rua de São João de Deus, Pisão, Frei Diogo das Chagas, Ladeira de São Francisco, lado nascente da Praça e logradouro das ruas Direita, de Santo Espírito e Baixinha, desaguando junto ao cais da cidade, próximo da moagem ali existente.

Recorde-se que Paulo Barcelos sustenta que "esta ribeira nunca terá cruzado a baixa de Angra, contra aquilo que foi durante séculos repetido por cronistas e historiadores. Fluía sim pela Grota do Venial abaixo, afluía na Ribeira de São Bento e derramava sobre a Baía das Águas".

Já Humberto Oliveira vê a questão a outra luz. "Que eu conheça, os documentos mais antigos que temos sobre a ribeira são uma carta da Terceira de 1582, atribuída por Armando Cortesão a Luís Teixeira, o que eu concordo, pois também a estudei, uma carta da Terceira de 1587, assinada por Luís Teixeira, e a carta de Angra de 1595 que, segundo as minhas investigações, foi desenhada por Luís Teixeira e não por Linschoten. Nas duas primeiras diz-se que 'esta ribeira move 18 moinhos' e que nasce na serra do Morião e desagua na baía de Angra, junto à moagem da Firma Basílio Simões. A carta de 1595 tem desenhados nove moinhos e seis azenhas e tem no seu trajeto, por duas vezes, a designação de ribeira. Salvo opinião em contrário, tudo o que está desenhado na carta está correto, o seu trajeto desenhado é encosta da serra, nasce água, terreiro de S. João de Deus, Memória, S. Francisco, Praça Velha, logradouros das ruas Direita e Santo Espirito, rua baixinha, moagem. Luis Teixeira foi um dos nossos maiores cartógrafos... Todas as cartas da Terceira trazem esta ribeira desenhada, e todos os cronistas falam nela como a ribeira de Angra e ninguém fala em S. Bento", explicou.

Há um principal argumento: "Se a ribeira fosse para S. Bento, os moinhos teriam sido construídos sobre a ribeira e não temos nenhum moinho nessa zona. Então, a cidade ter-se-ia desenvolvido mais para esse lado, por causa da água potável", adiantou. Também ausentes em São Bento estiveram os chafarizes. A Praça Velha surge como "o lugar geométrico de toda esta bacia hidrográfica", defende Humberto Oliveira.

 




terça-feira, 10 de novembro de 2020

Arnaldo Ourique (Jurisconsulto)







ARNALDO OURIQUE



Arnaldo Lima Ourique nasceu em São Mateus, ilha Terceira, a 22 de dezembro de 1958.

É um jurisconsulto na Administração Pública da Região Autónoma dos Açores.




Biografia

Estudou na Escola Secundária de Angra do Heroísmo, vindo a ingressar em 1990 na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em 1995.





Fez o curso de Advocacia (1997-1998) e, concluído o respectivo estágio, inscreveu-se na Ordem dos Advogados Portugueses, hoje com inscrição suspensa



Prosseguiu estudos concluindo uma pós-graduação em Direito Regional (1998) e um Mestrado em Direito Constitucional e Direito Regional (2001-2002), orientado pelo Professor Paulo Otero, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, com dissertação intitulada O Poder Normativo dos Governos Regionais (2002).


Além de formador jurídico, atua como orador em palestras e convénios, e como consultor jurídico em diversas instituições na ilha Terceira.





Investigador especializado em matérias políticas e constitucionais das Regiões Autónomas de Portugal, as suas principais áreas de investigação são: Direito Constitucional, Direito Autonómico, Direito Estatutário, Direito Regional, Direito Administrativo, Filosofia do Direito e História Política dos Açores.





Como especialista em Direito Constitucional Autonómico, participa ativamente no debate de matérias autonómicas desde 1996, e acerca de vários assuntos constitucionais, estatutários e legais, e para vários órgãos de comunicação social e instituições públicas e privadas. Tem, nestas matérias, extensa obra publicada no país e no estrangeiro.





É sócio do Instituto Açoriano de Cultura (IAC) e colaborador assíduo na revista daquela instituição, Atlântida.







Obra

A sua obra centra-se na reflexão e no aprofundamento das questões jurídicas da autonomia.


Livros e compêndios


  • Breve anotação sobre a história da autonomia dos Açores, elementar monografia a propósito dos 25 anos da autonomia constitucional dos Açores (2001).
  • Os Limites Jurídico-constitucionais do Poder Legislativo Regional (Prefácio de Jorge Miranda) (2001).
  • Verificação Preventiva da Constitucionalidade e Legalidade nas Regiões Autónomas (Prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa (2002).
  • Autonomia portuguesa: mitologia ou realidade? (2008).
  • Autonomia Administrativa dos Açores antes de 1976. Apontamentos Jurídicos (2008).
  • Ensaio sobre os poderes do Representante da República nas Regiões Autónomas Portuguesas (2009).
  • As Regiões Insulares nas Primeiras Constituições Portuguesas. Constituições Liberais Monárquicas de 1822, 1826, 1838 e Primeira Constituição Republicana de 1911 (2010).
  • Oitava Revisão da Constituição Portuguesa Anotação Sobre os Projetos, Regime Autonómico e Representante da República para as Regiões Autónomas (2010).
  • Autonómicas Constitucionalidades Ensaios sobre as Regiões Políticas Portuguesas (2011)).
  • Sala da Autonomia. Outros ensaios sobre as regiões autónomas portuguesas (2011).
  • Arco constitucional. Elementares ensaios jurídicos e políticos sobre as regiões autónomas portuguesas (2011).
  • Autonomia Constitucional. Pequenos Ensaios sobre Prerrogativas das Autonomias Portuguesas (2012).
  • Taurinidade Açoriana. Da Legislação sobre Arte Taurina, Touros e Touradas nos Açores (2012).
  • Açores, Direito e Política (2013)).
  • Condição autonómica. Básicos ensaios jurídico-políticos e constitucionais sobre as regiões autónomas de Portugal (2013).
  • Código Taurino Anotado. Do Nascimento da Autonomia Taurina Político Normativa na Região Autónoma dos Açores. (Comentário, organização e fixação de texto da Tourada à Corda da Terceira na Legislação de 1978 até aos nossos dias) (2013; 2.ª ed., 2016).
  • O pensamento jurisconstitucional das autonomias políticas portuguesas. Volume I, de 1976 a 1982, Comissão Constitucional, 2014.
  • Dicionário das autonomias políticas das regiões autónomas portuguesas (2014).
  • Padrão Constitucional das Autonomias Portuguesas (2015).
  • Leis Fundamentais de Portugal (2016).
  • Da Autonomia ao Estado - Entrevistas 2016 (2017).
  • Autonomia Política 2016, outros escritos soltos (2017).
  • Política Desportiva dos Açores nos 40 anos de Autonomia. Quatro Décadas de Legislação (2017).
  • Estatutos da Autonomia Política da Região Autónoma dos Açores - 40 anos de Política Estatutária (2017).
  • Política Orgânica Parlamentar dos Açores nos 40 anos de Autonomia. Quatro Décadas de Regimentos Parlamentares e Outras Normas Conexas (2017).
  • Monumental Autonómica. Lista descritiva das leis regionais dos 40 anos de Autonomia Açoriana (2017).
  • A Lei da Corda. Comentário e anotação ao regime jurídico da tourada à corda da ilha Terceira (2017).
  • Política da Organização Governativa dos Açores nos 40 anos de Autonomia. Quatro Décadas de Leis Orgânicas dos Governos da Região Autónoma (2017).
  • Pensamento autonómico: ensaios de 2017 (2018).
  • Autonomia regional: esboços de 2018 (2018).
  • As ideias de Autonomia. Na CEVERA-Comissão Eventual para a Reforma da Autonomia da Assembleia Legislativa dos Açores, entre 2017 e 2019 (2018).

Estudos publicados em periódicos


  • Princípio Fundamental de Lei Geral da República e Autonomia Legislativa dos Açores. Anotação ao Acórdão 621/99 do Tribunal Constitucional, in Atlântida, vol. XLV, 2000, pp. 347-360.
  • Introdução à Autonomia Legislativa Desportiva nas Regiões Políticas em Portugal. O Caso dos Açores, in Atlântida, vol. XLVII, 2002, pp. 321-344.
  • O governo das ilhas portuguesas no final do século XX, in Arquipélago, vol. VII, 2.ª série, 2003, 2004, pp. 197-225.
  • Regulamentos independentes do governo regional (o poder normativo do governo regional nas regiões autónomas), DataJuris (2007).
  • As grutas dos Açores, de quem são?, in Pingo de Lava, n.º 42, Dez. 2018, 2018.
  • Vagas autonómicas a propósito dos quarenta anos da Autonomia Constitucional dos Açores in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. LXXVI, 2018.

Outros estudos e ensaios

  • As ideias de autonomia do Presidente do Governo dos Açores, 2015.
  • Sistema de governo dos Açores, 2015.
  • O espaço numa região autónoma, 2015.
  • A partilha do mar como problema autonómico. O caso do Mar dos Açores, 2015.
  • Jurisprudência constitucional sobre regiões autónomas, 2015.
  • Governo das Ilhas, 2015.
  • Tradicionalidade dos «três centros urbanos», 2015.
  • Autonomia, partilha e integração, 2015.
  • Autonomia Estanque, 2015.
  • A proposta constitucional do Presidente da República, 2015.
  • Autonomia antiquada, 2015.
  • A autonomia nas legislativas (nacionais) de 2015, 2015.
  • Direito constitucional de acesso ao desporto, 2015.
  • A autonomia nas legislativas regionais de 2016, 2016.
  • Açores, o que fazer com 40 anos de Autonomia, 2016.
  • Cientificação da Autonomia, 2016.
  • Relação de forças nos 40 anos de Autonomia Eleitoral, 2016.
  • A urgência da Autonomia dos Açores. Visão constitucional, 2018.
  • Democracia de expressão nos Açores, 2018.

Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Santos Narciso (Jornalista)



Santos Narciso



Nascido a 9 de novembro de 1948, na Ribeira das Tainhas, Vila Franca do Campo, São Miguel, estudou no Seminário de Angra.






Colaborou, desde jovem, no jornal “A VILA”


 e escreveu o seu primeiro artigo no jornal “A União”, de Angra do Heroísmo, em 1966.




Prestou serviço como oficial miliciano, na Guiné, onde colaborou com o jornal “Voz da Guiné”.



Desde 1973 é jornalista no jornal Correio dos Açores, com uma passagem de dois anos pelo jornal Açores e Açoriano Oriental. 



No Correio dos Açores foi Chefe de Redação, Subdiretor e Diretor-Adjunto, exercendo o mesmo cargo no semanário Atlântico Expresso, onde mantém, desde 2013 uma página semanal “Leituras do Atlântico” dedicada a livros e autores açorianos ou que têm ligações com os Açores.



Foi colaborador da RDP/Açores, com crónicas em diversos programas e durante alguns anos, desde 1976, redator da Revista de Imprensa daquela estação emissora.

Foi também colaborador do “Asas do Atlântico” através das Agências Musigrava e Açorarte.


Recente apresentação e prefácio do livro
de Carlos Augusto Corvelo César.

Tem colaborado em alguns programas da RTP/Açores e, paralelamente, tem feito conferências e apresentações de livros, nos Açores e na diáspora.


Série filatélica comemorativa dos
100 anos do semanário "A Crença".

Colabora regularmente no semanário “A Crença”, de Vila Franca do Campo.




É também, desde 1967, regente do coro litúrgico Bom Jesus Menino, da Ribeira das Tainhas.

sábado, 7 de novembro de 2020

Manuel Luar (o amigo)


Esta é uma singela homenagem do NFAH ao amigo que sempre teve para connosco, ao longo dos últimos dez anos, uma palavra de apreço e disponibilidade continua. Com a sua ajuda conseguimos concretizar muitos dos objectivos da nossa missão na divulgação da História e Cultura Açoriana através do coleccionismo.

O nosso mais profundo e encarecido agradecimento público.

 

***


Manuel Luar é o pseudónimo de alguém que nasceu em Lisboa, a 31 de agosto de 1955, tendo concluído a Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, no ISCTE, em 1976.

Foi Professor Auxiliar Convidado do ISCTE em Métodos Quantitativos de Gestão, entre 1977 e 2006. Colaborou em Mestrados, Pós-Graduações e Programas de Doutoramento no ISCTE e no IST.


É diretor de Edições (livros) e de Emissões (selos) dos CTT, desde 1991. 




Administrador executivo da Fundação Portuguesa das Comunicações em representação do Instituidor CTT e foi Chairman da Associação Mundial para o Desenvolvimento da Filatelia (ONU) desde 2006 e até 2012.




A gastronomia e cozinha tradicional portuguesa são um dos seus interesses.





Editou centenas de selos postais sobre a Gastronomia de Portugal e ainda 11 livros bilingues escritos pelos maiores especialistas nesses assuntos.








Actualmente é o Director do Departamento de Filatelia dos Correios de Portugal.





São mais de 2000 páginas e de 57 000 volumes vendidos, onde se divulgou por todo o mundo a arte da Gastronomia Portuguesa.




Publica crónicas de crítica gastronómica e comentários relativos a estes temas no "Gerador".


Para ler e saborear as suas crónicas clique no link abaixo.




Link -> Não dê sopa na sopa



O "Gerador" é uma plataforma de acção e comunicação para a cultura portuguesa que acredita que a identidade de um país é a federação de todas as suas culturas pessoais.




Fez parte do corpo de júri da AHRESP – Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal – para selecionar os Prémios do Ano e colabora ativamente com a Federação das Confrarias Gastronómicas de Portugal para a organização do Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa, desde a sua criação.




É Comendador da Ordem de Mérito da República Italiana.




Hoje os Correios de Portugal fazem 500 anos. Para comemorar esta efeméride emitiu-se o 1º bloco filatélico do mundo com uma inserção em grafeno, permitindo gravar digitalmente um poema de Miguel Torga sobre a “ Esperança”.

Esperança

Tantas formas revestes, e nenhuma
Me satisfaz!
Vens às vezes no amor, e quase te acredito.
Mas todo o amor é um grito
Desesperado
Que apenas ouve o eco...
Peco
Por absurdo humano:
Quero não sei que cálice profano
Cheio de um vinho herético e sagrado.   

(Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório')

A emissão chama-se “É tempo de Esperança” e o design foi do mestre João Machado.

Parabéns aos Correios de Portugal. Sempre a INOVAR.

Não percamos a ESPERANÇA.