segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Sociedade de Geografia de Lisboa







A Sociedade de Geografia de Lisboa é uma sociedade científica criada em Lisboa no ano de 1875 com o objectivo de em Portugal promover e auxiliar o estudo e progresso das ciências geográficas e correlativas. A Sociedade foi criada no contexto do movimento europeu de exploração e colonização, dando na sua actividade, desde o início, particular ênfase à exploração do continente africano.


História Institucional


A 10 de Novembro de 1875, um grupo de 74 subscritores requereu ao rei D. Luís, a criação de uma sociedade, a designar por Sociedade de Geografia de Lisboa, tendo como objectivo promover e auxiliar o estudo e progresso das ciências geográficas e correlativas, no país.


Entre os subscritores constavam-se António Augusto Teixeira de Vasconcelos, António Enes, Eduardo Coelho, Luciano Cordeiro, Manuel Joaquim Pinheiro Chagas, Sousa Martins, António cândido de Figueiredo, António Lino Netto e Teófilo Braga, entre muitos outros intelectuais, jornalistas e políticos da época.

A Sociedade propunha-se realizar sessões, conferências, prelecções, cursos livres, concursos e congressos científicos e conceder subsídios de investigação destinados a viagens de exploração e investigação científica. As informações obtidas seriam publicadas e disseminadas em arquivos, bibliotecas e museus. Propunha-se ainda estabelecer relações permanentes com outras instituições europeias com as quais pudesse trocar informações e colaborações.

A partir de Dezembro de 1876 a Sociedade iniciou a publicação do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, que ainda subsiste.


Embora a actuação da Sociedade não tivesse como escopo exclusivo o continente africano, nos primeiros anos da sua existência foi criada a Comissão Nacional Portuguesa de Exploração e Civilização da África, mais conhecida por Comissão de África, com o objectivo de apoiar cientificamente o esforço colonial português em África, particularmente no contexto da crescente competição europeia na apropriação de territórios naquele continente.




A 3 de Abril de 1928 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, a 8 de Maio de 1935 foi feita Grande-Oficial da Ordem do Império Colonial, a 24 de Novembro de 1950 foi galardoada com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, a 12 de Junho de 1957 foi elevada a Grã-Cruz da Ordem do Império, a 25 de Março de 1964 foi feita Membro-Honorário da Ordem do Infante Dom Henrique e a 17 de Junho de 1983 foi feita Membro-Honorário da Ordem Militar de Santiago da Espada.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Dionísio de Sousa


Dionísio de Sousa

Dionísio Mendes de Sousa   nasceu na Vila de São Sebastião, ilha Terceira, a 9 de Outubro de 1940.
Professor, escritor português e um profundo investigador da obra e vida de Francisco Ferreira Drummond.


Terminada a instrução primária com o exame do 2.º grau aprovado com distinção na escola de ensino primário da Vila de São Sebastião, frequentou o Seminário Episcopal de Angra do Heroísmo de Outubro de 1952 a Junho de 1954. Neste curso obteve as mais altas classificações e aproveitamento com a atribuição, em todos os anos lectivos, de um diploma reservado aos alunos que obtinham classificações elevadas (mínimo de 16 numa escala de 20) em mais de metade das disciplinas.





Entre 1965 e 1968, prestou serviço militar obrigatório em vários estabelecimentos militares, entre os quais o Estado-Maior do Exército, em Lisboa. Igualmente entre 1965 e 1968, frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, na licenciatura de Filosofia, tendo obtido o grau de licenciado. No ano lectivo de 1969/70, exerceu as funções de professor do ensino secundário no Liceu Padre António Vieira (História), em Lisboa, e no Externato Séneca (Português).


Em 1971, frequentou o curso de Ciências Pedagógicas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. De 1971 a 1974, matricula-se e frequenta, em regime nocturno e como estudante-trabalhador, o curso de Ciências do Trabalho, no Instituto Superior de Economia (ISEF). De 1971 a 1975, exerceu as funções de director do Serviço de Pessoal na “Transul – Empresa de Transportes” da zona Sul do Tejo.





Em 1976/77, é professor do ensino secundário no Liceu de Almada, nas disciplinas de Filosofia e Psicologia. Em 1977-1978, realiza o Estágio para professor efectivo no Liceu Antero de Quental, em Ponta Delgada, com a classificação de 17 valores. Em 1978/79, efectiva-se como professor do quadro do Liceu de Angra do Heroísmo. Em 1979/80, exerce as funções de presidente do Conselho Directivo do Liceu de Angra.




Entre 1980 e 2004, exerce o mandato de deputado regional durante 6 legislaturas. De 1996 a 1998, foi presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores. Em 3 de Setembro de 2001, foi agraciado com o grau da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. De 2002 a 2004, foi presidente da Direcção do Rádio Clube de Angra e, em 2004, aposentou-se com a pensão de professor do ensino secundário.
Por decisão unânime do plenário da Assembleia Regional dos Açores, tomada em 11 de maio de 2006, foi agraciado com a Insígnia Autonómica de Valor.









Actividade como escritor





Desde 1980 que tem colaboração dispersa por vários órgãos da comunicação social açoriana (A União, Diário Insular, Açores Expresso, Correio dos Açores).






Em 2013, selecciona, prefacia e edita a obra “Testamento Poético“ de Coelho de Sousa.


Em 2014, publica as obras "Achegas sobre a Autonomia" e "Livro de Bagatelas", ambos em sistema de auto publicação. Em 14 de Janeiro de 2014, inicia a publicação do jornal trimestral "Boa Nova", primeiro jornal editado na Vila de São Sebastião.


É autor dos blogues, O "Ventilhador" e "Álamo Esguio".



É um apaixonado pela vida e obra do grande historiador terceirense FRANCISCO FERREIRA DRUMMOND sobre o qual já escreveu diversos livros e artigos.





Em 2020 será o impulsionador do
ANO FERREIRA DRUMMOND






quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

CTT - 500 anos (1520-2020)





Criados em 1520, os correios foram escrevendo a sua história ao longo de vários séculos, reflectindo o desenvolvimento do país.


Em Évora, por carta régia datada de 6 de Novembro de 1520, ordenava D. Manuel: “que havendo nós respeito aos serviços que temos recebidos e ao diante esperamos receber de Luís Homem, Cavaleiro de nossa Casa, e por ser pessoa que no Ofício de Correio-Mor de nossos Reinos nos saberá bem servir e assim a todos mercadores e pessoas que quiserem enviar cartas de umas partes para outras, e com todo recado, fieldade e segredo que para tal caso cumpre, e querendo-lhe fazer graça e mercê: temos por bem e o damos novamente, daqui em diante, por Correio-Mor em nossos Reinos”. Culminava dessa forma o processo iniciado anos antes, quando Luís Homem servira como soldado no Oriente e depois como mensageiro real pela Europa afora, vendo agora os seus serviços recompensados através de um novo estatuto social. Passava não só a ter um título de nobreza, como Cavaleiro da Casa Real, mas recebia ainda um ofício público inédito em Portugal e claramente inspirado no modelo da Família Taxis. Conforme afirmava D. Manuel na mesma carta régia: “queremos e nos praz que ele tenha com o dito ofício, todos os privilégios, graças e liberdades que os Correios-Mores tem nos outros reinos onde os há e soi de haver”.


O Correio-mor era um ofício postal criado pelo rei de Portugal D. Manuel I em 1520. O cargo esteve sujeito à nomeação do rei até 1606, quando Filipe II, vendeu-o a Luís Gomes da Mata Coronel, primeiro correio-mor das Cartas do Mar, pela quantia de 70.000 cruzados, dando início à primeira dinastia postal do mundo. A família Mata manteve esse monopólio por quase dois séculos, procurando modernizar os serviços. No entanto, somente os mais abastados tinham acesso a este serviço, que era caro e ineficiente. O correio-mor prestava o serviço por encomenda, não constituindo uma actividade regular, devido principalmente à má conservação das estradas e das condições climáticas, uma vez que as cartas e as encomendas eram entregues a pé ou a cavalo. Os destinatários de além-mar, principalmente do Brasil, a mais rica colónia, tinham de se conformar com a morosidade das rotas marítimas e sua fragilidade. A nova conjuntura social portuguesa surgida no final do Séc. XVIII, levou a incorporação do serviço postal pela Coroa , estatizando-o em 1797 por decreto da rainha D. Maria I, com o intuito de tornar tal ofício mais eficiente e público. Desta forma, terminou a actividade postal lucrativa do correio-mor.

Mensageiro a cavalo (séc. XVI)

Desde que a ideia de distribuir o correio ao domicílio em Lisboa surgiu pela primeira vez, no início do século XIX, foram precisos 20 anos e um investimento de, pelo menos, 1709$85 réis na “denominação das Ruas de Lisboa e Numeração das Portas em Letras D’Estanho”, como refere o Mapa de Despesas Extraordinárias dos Correios de 1802.

Distribuição Domiciliária (séc. XIX)

O que hoje parece óbvio - distritos postais, ruas com casas e prédios organizados e cadastrados, com nome e números - foi uma novidade introduzida pelos Correios em 1802, mas a tarefa revelou-se gigantesca e só em 1821 a distribuição do correio em casa se tornou realidade para os lisboetas. Até essa data, os destinatários das cartas eram divulgados em lista afixada publicamente, que cabia aos interessados consultar. Afinal de contas, mesmo numa cidade pequena como Lisboa, uma carta remetida apenas com o nome do destinatário e a “terra”, como era hábito na época, tornava a sua entrega por mão própria uma missão impossível, segundo explica José Luís Vilela, no artigo “O Correio em Portugal”, publicado em 1993 na “Correios em Directo”.




Ainda assim, quando a distribuição domiciliária de correio na capital se tornou uma realidade, continuava a caber aos interessados no serviço inscreverem-se previamente no Correio Geral, pagando uma taxa adicional (em cima do custo do serviço postal, que era ainda assegurado pelo destinatário e não pelo remetente).





D. Manuel I (1520) - Criação do Correio Público
Apesar deste estado de coisas, a qualidade do serviço postal já estava a anos-luz dos primórdios, quando, em 1520, o Rei D. Manuel I instituiu o ofício de Correio-Mor. Com o país em plena epopeia dos Descobrimentos, fazia falta um sistema de correio público organizado e confiável, que permitisse tratar com celeridade (a possível para a época) de assuntos políticos, militares e comerciais. Coube a Luís Homem, cavaleiro do rei, a honra de inaugurar o ofício, que se manteve de nomeação régia por mais de oitenta anos.



Foi no domínio Filipino que este foi “privatizado” por 70 mil cruzados, ao marquês Luís Gomes da Mata, como revela o documento “Vencer a Distância – Cinco Séculos dos Correios em Portugal”, da Fundação Portuguesa para as Comunicações (FPC).

Foi nas mãos dos Gomes da Mata – que tinham o seu quartel-general no Solar dos Matas, ou palácio do Correio-Mor, em Loures – que a exploração do correio do reino se manteve durante dois séculos. Apesar do carácter público, a verdade é que a utilização do serviço restringia-se essencialmente à coroa, à nobreza e aos homens de negócios (a generalidade da população continuava a utilizar os almocreves e recoveiros que andavam de terra em terra), e este  realizava-se à medida das solicitações dos clientes, sem critérios de regularidade. Os envios eram a pé ou a cavalo (uma ligação Lisboa/Braga não demorava menos do que sete dias), ou de barco, se o destino fosse além-mar, pelo que eram demorados (dias, semanas ou meses) e dependiam das condições de segurança e atmosféricas.


O desempenho dos Gomes da Mata, que já eram uma das famílias mais ricas do reino e mais enriqueceram com a exploração do correio, não satisfazia as exigências de um serviço cujo fluxo não parava de crescer, mesmo em termos internacionais, por força de convénios postais assinados com o Reino Unido e a Espanha. As críticas agudizaram-se e o cargo foi extinto. Mas não sem que antes Manuel José da Maternidade Mata Coutinho, 11º Correio-Mor, se visse compensado com o título de conde, rendas vitalícias para si, para a sua mãe e para cada uma das quatro irmãs e uma pensão ao irmão até que este obtivesse a comenda de graça na Ordem de Malta.


D. Maria I (1797) - Alvará do Serviço Público de Correio
Uma vez incorporada a responsabilidade da distribuição postal na Fazenda Real, a rainha D. Maria I nomeou José Diogo Mascarenhas Neto como 1º Superintendente Geral dos Correios da Coroa. E um ano depois, em 1798, publicava-se um documento revolucionário para a época: a “Instrução para o estabelecimento das diligências entre Lisboa e Coimbra”, que deu origem à primeira carreira das carruagens da correspondência em Portugal (e à primeira carreira terrestre para transportes públicos em Portugal). Estavam lançadas as bases para um serviço regular de transporte e entrega de correspondência… mas só às segundas, quartas e sextas. Nesses dias, às cinco da manhã, uma diligência saía de Lisboa, enquanto, à mesma hora, outra partia de Coimbra, num percurso que, com pernoita, só terminava às 21 horas do dia seguinte. Ainda assim, foi preciso mais meio século até que se estabelecessem carreiras regulares da Mala-Posta em todo o país, sendo a mais emblemática a que ligava Lisboa ao Porto, em 34 horas.




Se a circulação de notícias esteve sempre dependente da evolução das vias de comunicação e dos meios de transporte, o período histórico conhecido como Regeneração foi determinante em todos estes domínios.




 A sua figura mais emblemática, o ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, Fontes Pereira de Melo, pôs em marcha um processo de reconstrução das linhas viárias, de construção das linhas de caminhos-de-ferro, das carreiras regulares de barcos a vapor e dos principais portos, e criou a primeira linha telegráfica do país. O país conheceu uma nova fase de desenvolvimento económico, e os Correios um desenvolvimento ímpar.


D. Maria II (1853) - Os primeiros selos postais

Um dos primeiros marcos foi, em 1853, no reinado de D. Maria II, a emissão do primeiro selo postal, precisamente com a efígie da rainha. Os trabalhadores dos Correios passaram a ser remunerados pelo Estado, que passou a explorar as estações postais, estabelecendo-se correios diários para as capitais de distrito e para a Europa e envios durante a semana para as sedes de concelho. O quadro de pessoal cresceu rapidamente, recorda José Luís Vilela. Se em 1850 os correios teriam cerca de 151 funcionários, após a reforma de 1852 o número subiu para 267 e foi crescendo consistentemente.


Na década seguinte, o serviço postal deu novo salto qualitativo com a criação da ambulância-postal ferroviária, que durante mais de um século transportou cartas e volumes para todo o território nacional. Em 1880, o serviço postal viveu uma profunda reorganização com a fusão dos Correios e Telégrafos numa única Direcção-geral, a dos Correios, Telégrafos e Faróis. O prestígio entretanto alcançado pelos correios portugueses permitiu que Lisboa acolhesse, em 1885, o congresso da União Postal Universal (organismo representativo de vários serviços de correios mundiais, com sede na Suíça, criado em 1874 por 22 países, entre os quais Portugal). Já à beira do século XIX - em 1893 – foi criada a Posta Rural, que permitiu que a correspondência passasse a chegar aos locais mais remotos do país, tornando o serviço postal verdadeiramente acessível a toda a população.


O ano de 1911 ficou marcado pela constituição da Administração-geral dos Correios, Telégrafos e Telefones, com autonomia financeira e administrativa. Um formato que se manteve no Estado Novo, que apostou na criação de estações dos correios em todo o território nacional. Depois da revolução que resultou da introdução do comboio, seguiu-se a flexibilidade proporcionada pelo automóvel. As auto-ambulâncias entraram em funcionamento em 1952, criando-se um modelo de estações itinerantes que perdurou até à década de 80 do século XX. Na década de 60 a troca de correspondência com o estrangeiro, e em particular para África, passou a fazer-se de avião. Foi precisamente nesta década que o número de utentes aumentou vertiginosamente, criando novos graus de exigência. Assim, em 1970 os correios passaram a empresa pública, CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal, que nesta época englobava, além do serviço postal, a actividade telefónica e telegráfica. Nessa época era a terceira maior empresa do país em volume de vendas e a maior empregadora nacional, com mais de 45 mil empregados.


Nos anos seguintes a empresa viveu outro marco histórico, que foi a introdução, em 1978, do código postal de quatro dígitos (que passariam a sete em 1998) que facilitaram a identificação dos concelhos dos destinatários da correspondência, permitindo ultrapassar problemas de endereçamento e toponímia. Muitos se lembrarão do slogan “Código Postal, Meio Caminho Andado”, mas poucos saberão que essa foi uma das campanhas de comunicação mais caras divulgadas até à data em Portugal.

Ainda nos anos 80, a empresa inaugurou a sua rede informática e, pouco depois, lançou o serviço de cobranças postais (informatizado), a cargo dos Serviços Financeiros Postais.





Na década seguinte, os CTT separaram definitivamente as águas entre as Telecomunicações e os Correios e em 1992 converteram-se em sociedade anónima detida pelo Estado. Em 2000 assinaram com o Estado a concessão do serviço universal postal (a obrigatoriedade de assegurar a troca de correspondência em todo o país), e cedo perceberam a necessidade de fazer face aos progressos tecnológicos que começavam a ditar a queda de procura do serviço postal tradicional, além de serem confrontados com a liberalização do sector postal imposta pelas regras comunitárias.





















Hoje, tal como nos anos 60, a imagem de um mensageiro a cavalo continua a estar presente no logotipo da empresa. 


Texto (parcial) de: ana.brito@publico.pt










Os Correios de Portugal (CTT) estão a comemorar, através de emissões filatélicas, os seus 500 anos de existência. As emissões filatélicas que registam a efeméride, começaram em 2016, tendo o 1.º grupo circulado a 10 de Outubro.
2016 - 1.º grupo

2017 - 2.º grupo 



2018 - 3.º grupo 






A 28 de Setembro de 1898, no reinado de D. Carlos, os CORREIOS E TELEGRAPHOS
 foram homenageados e agraciados com a medalha de
 BOM SERVIÇO E EXEMPLAR COMPORTAMENTO.





A emissão filatélica de 2019

 (4.º grupo)
A nova emissão filatélica mostra a evolução dos emblemas dos CTT em 1880, 1936, 1953 e 1964 e um bloco composto por dois selos com os símbolos de 1991 e 2015. Foi distribuída, durante a cerimónia, num folheto que contou com o design do AF Atelier e com a impressão da Duocor – Artes Gráficas.


selo do logotipo de 1880 a 1936, da Direcção-Geral dos Correios Telégrafos e Faróis é representado por uma carta ao alto, atravessada de ambos os lados por três raios eléctricos, tendo na parte superior a Coroa Real.
Estes elementos pretendiam simbolizar o Correio, através da carta; a tutela do Estado, através da coroa real; e, finalmente, os Telégrafos, através dos raios representativos da electricidade/telegrafia.
O logotipo de 1880 mantendo as armas reais, símbolo das instituições públicas, aproximava a marca das duas grandes actividades desenvolvidas pela Direcção-geral: o Correio e os Telégrafo. Neste selo há um desenho, a aguarela, de fardamentos dos funcionários das Ambulâncias Postais Ferroviárias e da Posta Rural e o relatório do Director Geral dos Correios, Telegraphos, Pharoes e Semaphoros, relativo ao ano de 1889. 


selo do logotipo de 1936, mostra o emblema que foi aprovado na altura e que representava o escudo português, armado lateralmente com os raios que simbolizavam as Comunicações (Telegráficas e Telefónicas) encimando a esfera armilar, onde se destacavam as iniciais CTT; mostra-nos também o Edifício da Estação de Correios de Moura, de 1945.

selo do logotipo de 1953 é prova da evolução do símbolo, que consideravam na altura estar “ultrapassado pela evolução do gosto”, tendo o anterior sido substituído por um com referência à actividade do Correio, nomeadamente a “imagem equestre de um postilhão, embocando a buzina”, logo da autoria do mestre Jaime Martins Barata, que é conhecido pela população portuguesa e que ainda hoje continua a ser utilizado, há mais de 60 anos. Neste selo está também representada uma auto-ambulância postal Borgward, de 1953.



selo do logotipo de 1964 surgiu em Janeiro, na edição do Boletim Oficial dos CTT, com um desenho mais moderno, uma imagem do mensageiro a cavalo, em que a postura dos intervenientes resulta numa maior sensação de movimento. Este logo foi utilizado até 1991. Também neste selo podemos ver a imagem de um cartaz publicitário da implementação do Código Postal, de 1978.


bloco filatélico mostra-nos o logo de 1991, no selo à esquerda. No inicio da década de 1990 houve grandes alterações no Sector da Comunicação, tendo sido separados em 1992, dos ramos de actividade de Correios e Telecomunicações, dando origem a duas empresas: os CTT – Correios de Portugal, S.A. e a Portugal Telecom, S.A.
José Brandão criou então uma imagem mais actual mantendo os elementos essenciais, o cavalo, o mensageiro a tocar a corneta, a carta na mão e o vermelho. Está também representado no bloco um cartaz publicitário do lançamento do Correio Azul e uma caixa Postal de Correio Azul.


Ainda no bloco filatélico, à direita o logo actual dos CTT, desde 2015. Este logotipo foi feito após a conclusão total do processo de privatização, tendo por base duas premissas: o respeito pelo património da marca e a sua actualização, mais condizente com a realidade dos dias de hoje. O cavalo deixa de estar a trote e passa a estar a galope e a sigla CTT ganha mais protagonismo e solidez. Neste bloco podemos também ver a imagem da sede do Banco CTT.
Por fim, o fundo do bloco filatélico é a Carta de Confirmação do Ofício de Correio-Mor, mandada passar por D. José I em 1756 a José António de Sousa Coutinho da Mata com a transcrição dos alvarás anteriores, do mesmo ofício, destruídos pelo terramoto de 1755; e uma corneta de Distribuidor Rural, de 1893.


Aguardemos o 5.º grupo em Outubro de 2020.