quarta-feira, 20 de junho de 2018

Artur Cunha de Oliveira (1924-2018)



Artur Cunha de Oliveira

Nasceu a 30 de Setembro de 1924 em Lawrence – Massachusetts -, nos Estados Unidos da América.

Filho de mãe graciosense e de pai micaelense, Cunha de Oliveira foi para a Graciosa, com 7 anos de idade, para a freguesia de Guadalupe, onde frequentou a escola primária. Ingressou cedo no Seminário, para prosseguir estudos e mais tarde, já depois de terminado o sexénio foi para Roma estudar e aí se forma em Sagrada Escritura, Teologia Dogmática e Ciências Bíblicas. É em Roma que Artur Cunha de Oliveira se inicia na participação política entre 1946-47, quando era um jovem estudante de Teologia em Roma.

Artur da Cunha Oliveira, sacerdote católico dispensado do ministério, foi professor no Seminário Episcopal de Angra, cónego da Sé, assistente diocesano de vários movimentos, organismos e associações de apostolado e, na sociedade civil, diretor do diário A União, co-fundador do Instituto Açoriano de Cultura de cujas Semanas de Estudo dos Açores foi secretário permanente durante vários anos.

Foi presidente da Comissão Administrativa da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo, diretor e fundador do Departamento Regional de Estudos e Planeamento dos Açores (DREPA), deputado ao Parlamento Europeu, presidente da Comissão Diocesana de Justiça e Paz e da Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo.

Hoje em dia, considerava-se um crente que mantinha um espírito crítico e que olhava preocupado para o “divórcio profundíssimo” entre a comunidade cristã e a sociedade científica “como se houvesse uma oposição tremenda entre a Razão e a Fé”.

Fonte: Igreja dos Açores

Algumas das suas
OBRAS










segunda-feira, 18 de junho de 2018

Peter Café Sport - Centenário (1918-2018)





 
Bloco filatélico comemorativo do
Centenário do Peter Café Sport


Carimbo comemorativo




Série filatélica comemorativa



Peter Café Sport




A história da empresa remonta à fundação do "Bazar do Fayal", no Largo de Neptuno (atual Praça do Infante), na Horta, vocacionado para o comércio de artesanato local. Era seu proprietário Ernesto Lourenço Azevedo (n. 20 de Abril de 1859, f. 24 de Março de 1931).

Participou da Exposição Industrial Portuguesa (Lisboa, 1888), onde recebeu a medalha de ouro e diploma, pela qualidade e diversidade dos seus artigos.

Posteriormente, no início do século XX, as suas instalações mudaram para a Rua Tenente Valadim (atual Rua José Azevedo "Peter"), passando a denominar-se "Casa dos Açores/Azorean Hpuse", e ampliando as suas atividades que, além do artesanato regional, passaram a compreender um bar. A sua localização estratégica, vizinho ao porto da Horta, favoreceu-lhe os negócios.





No contexto da Primeira Guerra Mundial, em 1918, Henrique Lourenço Ávila Azevedo (n. 16 de Junho de 1895, f. 3 de Maio de 1975), um dos filhos do fundador, ao mudar uma vez mais de instalações, alterou-lhe o nome para "Café Sport", devido à paixão que cultivava pelo desporto, uma vez que era praticante de futebol, remo e bilhar.



A origem do nome "Peter" está ligada à tripulação do "HMS Lusitania II" da Royal Navy.

Reconhecendo semelhanças entre o jovem José Azevedo (n. 18 de Maio de 1925, f. 19 de Novembro de 2005) com o seu filho de nome Peter, o oficial-chefe do serviço de munições e manutenção daquele navio, passou a chamá-lo de Peter. E por esse apelido José Azevedo ficou conhecido o resto de sua vida.



O Museu de Scrimshaw, inaugurado em 1986, possui a maior e mais bela colecção particular de "Srimshaw" no mundo.










Postais Máximos Triplos
comemorativos
















sexta-feira, 1 de junho de 2018

Dia Mundial da Criança (1 de Junho)




Em Portugal, o Dia Internacional da Criança celebra-se todos os anos a 1 de Junho.




No entanto, este Dia foi criado em 1950, alguns anos após o fim da II Guerra Mundial, para sensibilizar a comunidade internacional para os problemas que atingiam tantas crianças no mundo. Num panorama flagelado, em termos sociais e humanitários, a Federação Democrática Internacional das Mulheres e a ONU quiseram defender as crianças dessa destruição.


No entanto, ainda hoje estão por cumprir tantos dos princípios da Declaração Universal dos Direitos da Criança. A Unicef revelou que há 30 milhões de crianças em extrema dificuldade, nos países ditos desenvolvidos.


Este é um dia que fará todo o sentido lembrar enquanto existirem no mundo crianças a quem são negados os cuidados mais básicos – amor, saúde e segurança. Podemos mimar os nossos, sempre, ensinar-lhes quais os seus direitos, e consciencializar assim os adultos do futuro sobre a importância dos sentimentos, das boas acções e da ajuda ao próximo.



A Declaração dos Direitos da Criança foi proclamada pela ONU (Organização das Nações Unidas) com a Resolução da Assembleia Geral 1386 (XIV), de 20 de Novembro de 1959.
 
 

 
 
Declaração dos Direitos da Criança
 
 
1º Princípio – Todas as crianças são credoras destes direitos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, condição social ou nacionalidade, quer sua ou de sua família.
 
2º Princípio – A criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. As leis devem levar em conta os melhores interesses da criança.
 
3º Princípio – Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade.
 
4º Princípio – A criança tem direito a crescer e criar-se com saúde, alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas, e à mãe devem ser proporcionados cuidados e proteção especiais, incluindo cuidados médicos antes e depois do parto.
 
5º Princípio - A criança incapacitada física ou mentalmente tem direito à educação e cuidados especiais.
 
6º Princípio – A criança tem direito ao amor e à compreensão, e deve crescer, sempre que possível, sob a proteção dos pais, num ambiente de afeto e de segurança moral e material para desenvolver a sua personalidade. A sociedade e as autoridades públicas devem propiciar cuidados especiais às crianças sem família e àquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.
 
7º Princípio – A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas aptidões, sua capacidade para emitir juízo, seus sentimentos, e seu senso de responsabilidade moral e social. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.
 
8º Princípio - A criança, em quaisquer circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber proteção e socorro.
 
9º Princípio – A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração. Não deve trabalhar quando isto atrapalhar a sua educação, o seu desenvolvimento e a sua saúde mental ou moral.
 
10 º Princípio – A criança deve ser criada num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.
 
 
 



Quando as crianças brincam
E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.
E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.
Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração.
 
(Fernando Pessoa)