quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Padre Coelho de Sousa (1924-1995)




Padre Coelho de Sousa
(Tributo à Memória)



Manuel Coelho de Sousa, nasceu a 30 de Setembro de 1924 na Vila de São Sebastião (Terceira). Foi pároco, orador, professor, poeta, pintor, jornalista, dramaturgo, encenador e ensaiador e escritor. Faleceu em Angra a 2 de Setembro de 1995.

Em Outubro de 1937 entrou para o Seminário Episcopal de Angra do Heroísmo, no qual foi ordenado em Junho de 1948.

Coelho de Sousa deu os primeiros passos como jornalista em suplementos culturais e exerceu as funções de Chefe de Redacção no jornal " A União" entre 1956 e 1962.

No ano lectivo de 62/63, Manuel Coelho de Sousa frequentou o curso de Filologia Hispânica na Universidade de Salamanca.

Em 1963 foi nomeado pároco da Vila de S. Sebastião – onde exerceu até ao dia do seu falecimento.

Coelho de Sousa, como professor, leccionou no Seminário-Colégio Padre Damião e na Secundária de Angra (Escola padre Emiliano de Andrade).
 
Destacado jornalista, este reverendo assumiu o cargo de director –adjunto do jornal "A União" em 1976, tornando-se mais tarde director, cargo que exerceu até 30 de Setembro de 1994 – curiosamente no dia em que fazia anos e no mês em que, um ano depois, haveria de se despedir do Mundo dos vivos.

Coelho Sousa, com busto na adro da Matriz de S. Sebastião e detentor de nome em rua na Vila S. Sebastião, tem recentemente na internet, um “blog” dedicado à sua “memória histórica”.
 

Segundo o autor do “blog”, a inicitiva “procura recuperar a memória histórica do Padre Manuel Coelho de Sousa, pároco, orador, professor, poeta, pintor, jornalista, dramaturgo, encenador e ensaiador, escritor e animador cultural que marcou a vida pública dos Açores, particularmente nas ilhas do grupo central do arquipélago e nas suas projecções na América do Norte, a partir da década de 50 do século passado até à sua morte em 1995”.
 


                           “Aquém e Além”
 
"Em Poemas de Aquém e Além, Coelho de Sousa confirma a sua vocação de sacerdote-poeta” – escreveu José Enes, no prefácio da primeira edição do referido livro.

A temática do livro gira ao redor do seu drama íntimo de doação total a Cristo, diz José Enes, que descreve o Coelho de Sousa como “orador sagrado, poeta e desenhista”.

Padre Coelho, assim conhecido por muitos, escreveu ainda as "Três de Espadas" (1979);

 "Na Rota da Emigração Amiga" (1983);

 "Migalhas" (1987)  e "Boa Nova" (1994). 

Fonte: A União

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Tomás Vaz de Borba (1867-1950)

 
Tomás Vaz de Borba
 
Compositor e pedagogo português, Tomás Vaz de Borba nasceu a 23 de novembro de 1867, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.  Faleceu a 12 de fevereiro de 1950, em Lisboa, sendo os restos mortais transladados para a sua terra natal.
 
Carimbo comemorativo
Fez os estudos musicais na escola da de Angra do Heroísmo e os estudos teológicos no Seminário Diocesano, ordenando-se sacerdote, em 1890.
 
Um ano depois, partiu para Lisboa, onde se inscreveu no Conservatório Real de Música e no Curso Superior de Letras, completando assim os seus conhecimentos musicais e literários.
 
Em 1901, foi designado professor auxiliar de Harmonia e de História da Música no Conservatório, aposentando-se em 1937, dado o limite de idade. O pedagogo foi ainda responsável pela Direção-Geral de Instrução Primária e Normal, entre 1928 e 1929.

 
 
Tomás Borba desenvolveu um importante trabalho na área da composição e da difusão musical, através de algumas publicações, como:
 
-  Canto Coral nas Escolas (1913, 4 volumes);
 
-  Solfejos, Canções e Cânones Adequados ao Programa de Canto Coral nos Liceus (1935);
 
-  Dicionário de Música (1956-1958, 2 volumes, em coautoria com Fernando Lopes-Graça).
 
Para além disso, compôs música sacra, como as peças Te Deum , Requiem , Coros Religiosos e algumas missas.
 

2017-11-23 - Inteiro Postal comemorativo
dos 150 anos do nascimento do Pe. Tomás Borba
Nota: Registe-se a falta de concordância entre a imagem do selo e o bilhete-postal.

 
 
Coro Tomás de Borba nas comemorações dos 150 anos
 
Ver vídeo em -> Coro Tomás de Borba
 

domingo, 12 de novembro de 2017

Confraria da Alcatra da Ilha Terceira



Confraria da Alcatra
da Ilha Terceira

(Fundada a 1 de Abril de 2005)

Grão-Mestre: Duarte Fournier

Prato Típico

Alcatra

 
Alcatra da Ilha Terceira

A Alcatra é o prato típico da ilha Terceira mais conhecido e teve a sua origem no próprio povoamento desta magnífica ilha.

Os primeiros povoadores eram oriundos de Trás-os-Montes, onde por lá existe um prato que possui semelhanças com a Alcatra, prato esse de nome Chanfana.

Antigamente a Alcatra fazia parte da mesa dos senhorios, daqueles que tinham posses suficientes para conseguir confeccionar este prato.

Atualmente a Alcatra é uma peça fundamental na ementa das Funções do Espírito Santo na Terceira. Existem várias versões para esta receita, mas um dos grandes enigmas que está presente é se esta bela receita era confecionada com Vinho de Cheiro. Pois bem, a Alcatra já fazia parte das ementas das pessoas mais abastadas muito antes de existir vinho de cheiro, portanto, a receita original deste prato é confecionada com Vinho Verdelho dos Biscoitos.

Muitos peritos neste prato conseguem, apenas visualizando, saber se esta foi confecionada com Vinho de Cheio, pois esta ganha uma cor mais escura, não ficando, obviamente, com o sabor da receita original.

Hoje em dia, já se confeciona este prato, não só de carne mas também de peixe, de feijão ou outro.


 

Sopas de Espírito Santo

 


As sopas de Espírito Santo são sopas açorianas que tiveram a sua origem devido aos impérios.

Estas sopas são confecionadas com pão seco que é posteriormente coberto com a água que cozeu a carne. É também adicionada hortelã e outros condimentos.

Estas sopas são, por tradição, servidas nas Funções do Divino Espírito Santo, ou seja, uma refeição que é servida a um determinado número de convidados.

Para além destas sopas, é incluída na ilha Terceira, a famosa Alcatra de Carne. Por fim, ainda é servido o Arroz Doce.

Em todas as ilhas é possível comer estas sopas, todavia a receita vai variando de ilha para ilha e até mesmo de freguesia para freguesia.

Doçaria

Donas Amélias

 

As Donas Amélias são um doce conventual terceirense e, foi adaptado a uma receita que já existia,  O Bolo das Índias, que é confecionado também com especiarias, devido à visita do Rei D. Carlos e da Rainha  Amélia à ilha, no ano de 1901. 

Por quererem abrilhantar a Rainha Dona Amélia, deram o seu nome ao novo doce criado, ficando então conhecido por toda a parte.

São um doce que para além de ovos e açúcar, possui, na sua receita, especiarias, visto que a ilha se encontrava nessas rotas.

Alfenim







O Alfenim é um doce conventual que é muito utilizado nas tradicionais Festas do Senhor Espírito Santo. É um doce, normalmente, de cor branca e é moldado de forma a ficar um boneco, um animal, flores ou outros.

O Alfenim é um doce que tem por base o açúcar e diz-se que era um dos doces orientais, muito popular em Portugal nos finais do século XV, inicio do século XVI, pois existem relatos em obras de Gil Vicente. Com o passar dos anos, a doçaria conventual apropriou-se do Alfenim sendo que, trabalhou e melhorou aquilo que na altura existia.

Este doce veio para os Açores através dos Mouros que por aqui se fixaram, ficando então o Alfenim conhecido pelas ilhas dos Açores, principalmente do grupo central, todavia a que ainda continua a manter a tradição é a ilha Terceira, onde ainda se podem encontrar verdadeiros especialistas, pois hoje em dia já fazem de tudo um pouco, até réplicas de Touradas à Corda.

Antigamente uma oferta de uma peça de alfenim era uma oferta de luxo, e teria de estar presente nas melhores mesas, como uma mesa de noivos. Hoje em dia é muito utilizado para o pagamento de promessas, em que são moldadas por exemplo, órgãos do corpo humano.


Arroz Doce
 
 

A Receita

Numa panela antiaderente junta-se o leite, a água, a manteiga, o sal e a raspa de limão e deixa-se levantar fervura. Introduz-se o arroz lavado e escorrido.

Após algum tempo de fervura e redução do líquido adiciona-se o açúcar e mexe-se com uma colher de pau para misturar bem.

Batem-se os ovos (clara gema) muito bem e arreda-se o tacho do lume por uns momentos. Incorporam-se os ovos lentamente e mexendo sempre com a colher, para evitar que talhem.

Volta-se a colocar o tacho ao lume, mexendo sempre para ligar bem e secar mais um pouco.

Estando pronto colocar numa travessa e enfeitar com canela em pó.

Autora: Azoriana
 

Gastronomia Açoriana
na Filatelia Portuguesa

 
VAMOS CELEBRAR A ALCATRA!
Selo Personalizado
Dia da Gastronomia Portuguesa
Terceira, 29 de maio de 2016
 

Sobrescrito comemorativo da
Festa da Alcatra na ilha Terceira
Praia da Vitória, 2016-05-29

 
 
 
Mel - Terceira
 
 
Mel - São Miguel
 
Mel - São Jorge, Pico, Santa Maria e Flores


 
 
Pão de milho
 

Polvo Guisado
 



Torresmos



Queijo de São Jorge
 
 
Queijo do Pico
 
 
 

Ananás


Maracujá
 

Queijada de Vila Franca do Campo